A Anvisa divulgou recentemente os resultados de uma ampla análise feita em suplementos de creatina comercializados no Brasil e os dados chamaram a atenção de quem faz uso desse tipo de produto para melhorar o desempenho físico.

quem treina. (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Segundo a Anvisa, em matéria do G1, das 41 amostras avaliadas, vindas de 29 fabricantes, apenas uma apresentou teor abaixo do estabelecido pelas normas.
O estudo da Anvisa vai na contramão de avaliações anteriores, como a da Abenutri (Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais), que havia alertado que a maioria dos suplementos não entregava a quantidade real de creatina informada no rótulo. Agora, o novo levantamento traz uma perspectiva mais confiável sobre o que está sendo oferecido aos consumidores nas prateleiras.
Critérios avaliados pela Anvisa
A verificação feita pela Anvisa levou em conta três pontos principais: o teor de creatina, a adequação das informações no rótulo e a presença de matérias estranhas nos produtos. A boa notícia é que, com exceção de um único item, todos os demais cumpriram com os requisitos técnicos estabelecidos.
Para que um suplemento seja considerado regular, o teor de creatina precisa estar dentro de uma margem de variação de até 20% em relação ao valor declarado no rótulo, respeitando também a referência mínima de 3.000 mg. Nenhuma das amostras apresentou contaminação por materiais impróprios.
A marca responsável pela única amostra com teor abaixo do permitido não foi divulgada, pois está em processo de apuração administrativa. Enquanto isso, as demais seguem liberadas para comercialização.
A especialista Daniele Gomes, colaboradora do FDR, explica sobre outra proibição da Anvisa, agora, relacionada ao uso de objeto importante em tratamento queridinho no Brasil.
Rótulos sob observação
Apesar do bom desempenho em termos de composição, a maior parte das irregularidades identificadas pela Anvisa está relacionada à rotulagem dos produtos. Muitos fabricantes foram apontados por apresentarem:
- Alegações de benefícios não permitidas para a creatina;
- Informações nutricionais incompletas ou fora dos padrões exigidos;
- Traduções incorretas ou enganosas em outras línguas;
- Ausência de detalhes importantes, como número de porções e frequência de consumo recomendada.
Essas falhas, embora não impliquem risco direto à saúde, podem prejudicar a clareza das informações fornecidas ao consumidor, e por isso poderão gerar notificações formais às empresas envolvidas.