O Sistema Único de Saúde (SUS) emitiu um comunicado voltado para as mulheres com mais de 25 anos: a partir de maio de 2025, o exame de Papanicolau começará a ser substituído pelo teste de DNA-HPV por RT-PCR. A primeira fase será implementada inicialmente em Pernambuco. Entenda a mudança dos exames e quais são os benefícios.

Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O teste de Papanicolau é um exame ginecológico realizado como prevenção ao câncer do colo do útero. Segundo o Estado de Minas, a mudança tem o objetivo de aumentar a eficácia no rastreamento do câncer do colo do útero, permitindo um intervalo de cinco anos entre as coletas, caso não haja detecção do vírus.
A faixa etária para o exame permanece entre 25 e 49 anos.
Quais são as vantagens da substituição do exame papanicolau para as mulheres com 25, 26, 27, 28, 29 e 30+ anos?
De acordo com a Folha de S.Paulo, o teste é chamado “Kit Biomol HPV Alto Risco” e foi desenvolvido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). Ele é responsável por detectar 14 genótipos de HPV de alto risco, incluindo os tipos 16 e 18, causadores de 70% dos cânceres de colo do útero. O exame foi aprovado pela Anvisa (registro nº 80780040020).
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O teste apresenta uma sensibilidade de 97% para detecção dos principais genótipos do HPV;
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O intervalo entre os exames passa de 3 para 5 anos;
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Ele pode detectar o vírus até 10 anos antes do surgimento de alterações celulares (segundo estudo da Unicamp);
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Evita falsos negativos/positivos entre os cerca de 200 tipos de HPV existentes já que o exame é automatizado com menos interferência humana;
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O Papanicolau identifica apenas células já adoecidas e depende de análise humana.
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O mesmo material pode ser usado para análise citológica, se necessário, sem nova coleta.
As mulheres entre 25 e 49 anos são o público-alvo. A meta é rastrear 435 mil mulheres em 1 ano em Pernambuco.
O teste será integrado à Atenção Primária à Saúde (APS) e à Atenção Especializada e complementa a vacinação contra HPV, disponível gratuitamente para jovens de 9 a 14 anos no SUS.
Yasmin Souza, especialista do FDR, comenta sobre o SUS, confira.