Mitos e Verdades sobre a portabilidade de crédito; entenda se isso pode reduzir seu débito

VITóRIA DA CONQUISTA, BA — Com a portabilidade de crédito você pode transferir sua dívida para um banco com melhores condições de pagamento. Mas, antes disso, é bom entender melhor essa transferência e descobrir o que dizem os especialistas sobre ela; confira agora.

Mitos e Verdades sobre a portabilidade de crédito; entenda se isso pode
reduzir seu débito
Imagem:  Jeane de Oliveira/ FDR

A partir do próximo dia 25 de abril, sexta-feira, os trabalhadores poderão transferir suas dívidas para o banco que desejarem. A chamada portabilidade de crédito consignado é um recurso que pode acabar até mesmo reduzindo a dívida final. Mas, atenção, vamos esclarecer alguns pontos antes disso.

O empréstimo consignado é uma linha de crédito em que os descontos acontecem diretamente na folha de pagamento do trabalhador. Portanto, até então a contratação era apenas os bancos parceiros da empresa em que o trabalhador é empregado.

Contudo, com a criação do empréstimo CLT, o Crédito do Trabalhador, agora é possível solicitar a linha de crédito no banco que oferecer as melhores condições.

Transfira a sua dívida com a portabilidade de crédito

Inicialmente a portabilidade só poderá ser feita no mesmo banco em que o crédito foi contratado. A transferência entre instituições financeiras diferentes só poderá ser feita a partir de 6 de junho desse ano.

Nessa mesma data o trabalhador poderá migrar o empréstimo pessoal para o novo consignado. Nesse caso, a vantagem da mudança é justamente aproveitar os juros mais baixos que o consignado costuma oferecer em relação ao empréstimo pessoal.

Essa mudança é a portabilidade de crédito, que funciona de forma parecida à portabilidade de operadora telefônica, informa o Extra. Em outras palavras, o consumidor tem liberdade para escolher para qual banco deseja migrar.

Laura Alvarenga, especialista do FDR, comenta sobre outra portabilidade, a do Vale-refeição, que também pode estar disponível em breve.

Cuidados ao pedir a portabilidade do crédito

O portal Extra conversou com a educadora financeira Aline Soaper, do Instituto Soaper, que trouxe importantes informações sobre a contratação da portabilidade do crédito, confira.

Refinanciamento da dívida

O primeiro ponto de atenção, segundo a educadora é que muitos bancos fazem um refinanciamento da dívida e não a portabilidade. E pior, isso geralmente o cliente não sabe disso e acredita estar apenas transferindo o débito.

Quando o refinanciamento é feito o valor da dívida aumenta, mesmo que as parcelas diminuam. Isso acontece porque os bancos acabam aumentando o tempo de pagamento da dívida.

Com a parcela menor o consumidor tem a falsa sensação de que está pagando menos, as na verdade não está, segundo Aline é importante conferir se existem as seguintes situações:

  • Aumento da quantidade de parcelas;
  • Aumento do valor total da dívida;
  • Cobrança de Operações Financeiras (IOF).
  • Se uma dessas três, ou até todas, situações ocorrer a dívida foi refinanciada.

Pagamento pela portabilidade de dívida

A portabilidade é gratuita, cabendo ao consumidor apenas o pagamento das parcelas do acordo. Dessa forma, os bancos não podem cobrar taxas adicionais para a transferência.

O consumidor pode desistir da portabilidade

Sim, é possível desistir dessa transferência enquanto o banco que vai receber a dívida ainda não fez a quitação dela junto à instituição financeira em que o débito foi gerado. O cancelamento pode ser feito pelo app do banco ou na agência.

O banco pode dificultar ou até negar a portabilidade?

O banco não pode dificultar nem negar que o consumidor transfira a dívida dele para outra instituição financeira. No entanto, se houver suspeita de fraude ou dados incorretos essa negativa pode acontecer.

O consumidor que tiver dificuldade em transferir a dívida pode registrar uma reclamação no Banco Central através da plataforma Fala BR ou do telefone 145.

Jamille NovaesJamille Novaes
Jamille Novaes é Bacharel em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e redatora especializada em economia popular, programas sociais e finanças pessoais, com foco em traduzir temas complexos para o dia a dia do brasileiro. Atua na produção de notícias e guias práticos sobre INSS, Bolsa Família, PIS/Pasep, FGTS, Imposto de Renda e oportunidades de renda extra, sempre com base em informações oficiais e atualizações verificadas. 📧Contato editorial: jamillepereira@gridmidia.com