Atenção, beneficiários do Bolsa Família: a Polícia Federal está investigando um possível esquema de fraude em sites de apostas utilizando os CPFs dos inscritos no programa social. Cerca de 5 milhões de titulares podem estar na mira do governo. Entenda a investigação e quem são os afetados.

Imagem: FDR
Segundo as informações do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, em entrevista ao ‘Bom dia, Ministro’ desta terça-feira (15/04), o Banco Central identificou que cerca de 5 milhões de pessoas pertencentes a famílias beneficiárias do programa enviaram R$3 bilhões às empresas de apostas por meio de transferências Pix.
Entenda a investigação que coloca 5 milhões de inscritos do Bolsa Família na mira da PF
-
A PF está investigando um possível esquema de fraude com uso de CPFs de beneficiários do Bolsa Família em sites de apostas;
-
As investigações começaram após uma análise técnica do Banco Central (BC) divulgada no ano passado;
-
O BC identificou que cerca de 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família enviaram R$ 3 bilhões para sites de apostas via Pix;
-
Os dados não batiam com o sistema de monitoramento do Bolsa Família, o que levantou suspeitas e levou o ministro a pedir investigação à PF.
-
Há indícios de que CPFs de beneficiários estavam sendo usados indevidamente, sem o conhecimento dos titulares. O objetivo seria lavar dinheiro por meio dessas movimentações.
-
Os beneficiários relataram que desconheciam as transações e que os valores movimentados eram absurdos para suas realidades.
-
Wellington Dias reforçou a importância de combater fraudes sem estigmatizar os beneficiários do programa e disse que é necessário garantir direitos a quem precisa, mas também agir com firmeza contra crimes.
-
Além disso, ele destacou que o número de beneficiários que realmente apostam é pequeno (3,4%) comparado ao total de brasileiros que apostam (52%).
Algumas medidas foram adotadas para evitar que os usuários gastem o valor do programa social em sites de apostas.
Entre eles: proibição do uso de cartões do Bolsa Família para apostas e outros usos indevidos; parceria com o Ministério da Saúde para atender dependentes de jogos (aproximadamente 190 mil pessoas) e tratamento de dependência de jogos incluídos na rede de saúde, comparado a tratamentos para dependência química e drogas.
Lila Cunha, especialista do FDR, comenta sobre as medidas, confira.