Titulares do Bolsa Família correm risco com aumento do preço dos alimentos, projeta governo

VITóRIA DA CONQUISTA, BA — O governo federal está preocupado com os riscos que os titulares do Bolsa Família correm por causa do aumento do preço dos alimentos. O Ministério do Desenvolvimento Social divulgou um estudo que aponta para um possível risco de insegurança alimentar nos próximos anos. Entenda agora o que isso significa.

Titulares do Bolsa Família correm risco com aumento do preço dos alimentos, projeta governo
Imagem:  Jeane de Oliveira/ FDR

Segundo a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), presidida pelo Ministério do Desenvolvimento Social, 1,3 milhões de titulares do Bolsa Família ainda não superaram a linha da pobreza. Portanto, correm o risco de insegurança alimentar.

Sendo assim, em algum momento nos próximos anos essas pessoas terão dificuldades para obter os nutrientes que o corpo precisa por dia. Com isso poderão estar mais vulneráveis até mesmo às doenças.

Titulares do Bolsa Família sofrem com aumento do preço dos alimentos

  • É justamente a alta no preço dos alimentos que está expondo essas famílias ao risco alimentar.
  • O dado foi apontado pelo governo federal no 3º Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, referente ao período de 2025-2027, divulgado na última quarta-feira, 05, informou o G1.
  • O programa atende às famílias com renda mensal de até R$ 218 por pessoa, ou seja, consideradas na linha da pobreza.
  • Cada família recebe, no mínimo, R$ 600 de benefício.

O grande problema é que as famílias geralmente possuem diversos gastos mensais, como habitação, transporte, conta de luz e água, além da alimentação.

Portanto, a compra de alimentos pode ser comprometida.

Aliado a isso, os preços mais baixos dos alimentos ultraprocessados pode fazer com que as famílias acabem consumindo alimentos não tão saudáveis.

Insegurança alimentar

A insegurança alimentar ocorre quando uma família não consegue comprar alimentos mais saudáveis, sendo classificada em:

  • Moderada: quando a família precisa reduzir a quantidade ou qualidade dos alimentos consumidos por causa da falta de dinheiro.
  • Grave: quando, a pessoa chega a passar fome por falta de alimentos.

O governo já discute há algum tempo as medidas para reduzir o preço dos alimentos. Entre as ações está a redução do imposto cobrado sobre diversos itens.

O Ministério do Desenvolvimento Social enviou uma nota à TV Globo destacando o papel do programa:

“O Programa Bolsa Família é reconhecido mundialmente pelo seu papel no combate à fome e à pobreza, sendo um dos principais responsáveis pela redução de 40% da extrema pobreza no Brasil em 2023 e pela diminuição de 85% das pessoas em situação de fome em apenas um ano, conforme atestado pela ONU, IBGE e outras entidades“, diz o Ministério.

Possivelmente novas ações sejam feitas pelo governo para garantir que as famílias beneficiadas pelo programa tenham acesso à alimentos de qualidade e com preço reduzido.

Lila Cunha, especialista do FDR, comenta sobre as datas de pagamento do Bolsa Família em março.

Jamille NovaesJamille Novaes
Jamille Novaes é Bacharel em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e redatora especializada em economia popular, programas sociais e finanças pessoais, com foco em traduzir temas complexos para o dia a dia do brasileiro. Atua na produção de notícias e guias práticos sobre INSS, Bolsa Família, PIS/Pasep, FGTS, Imposto de Renda e oportunidades de renda extra, sempre com base em informações oficiais e atualizações verificadas. 📧Contato editorial: jamillepereira@gridmidia.com