‘Venda do olho’: brasileiros permitem ter a íris escaneada em troca de dinheiro; valor chega até R$ 700

Uma série de vídeos que estão sendo compartilhados nas redes sociais tem chamado a atenção de brasileiros que estão em busca de recursos extras. Para ganhar até R$ 700, alguns cidadãos tem realizado a chamada “venda do olho”. O processo, que inclui o escaneamento da íris, tem sido usado por quem quer ganhar dinheiro extra.

‘Venda do olho’: brasileiros permitem ter a íris escaneada em troca de dinheiro; valor chega até R$ 700. (Imagem: FDR)

Atualmente, o processo está sendo realizado na cidade de São Paulo, onde é possível escanear e íris do olho e ganhar até R$ 700 e recompensas em criptoativos. No total, segundo a especialista do FDR, Laura Alvarenga, estão disponíveis 38 pontos de coleta no município de São Paulo. Para realizar o escaneamento e conseguir o valor, é preciso agendar o atendimento. Segundo o portal Tilt, do UOL, cerca de 800 pessoas estão sendo atendidas por dia na cidade. 

Entenda como funciona a venda do olho que promete até R$ 700:

  • O valor é pago pela empresa Tools for Humanity (TFH), responsável pelo aplicativo World ID;
  • A plataforma foi criada com o objetivo de atuar como uma “rede de identidade humana global”;
  • Para tal, ela registra a coleta da íris de quem se voluntaria a passar pelo processo;
  • Os detalhes sobre a íris são coletados com uma câmera e posteriormente são convertidos em um código criptografado;
  • Após finalizar o processo, o cidadão recebe uma recompensa por meio de criptoativos;
  • Vale lembrar que, como a moeda tem variação constante, o valor da recompensa acaba variando dependendo do momento em que a coleta foi realizada e da cotação da moeda naquele instante;
  • Segundo a empresa, a perspectiva é de que novos pontos de coleta sejam instalados em outras cidades;
  • No entanto, um comunicado recente realizado pela ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), órgão que está vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, deixou a continuidade do procedimento em cheque;
  • Isso porque a ANPD afirmou que instaurou um “processo de fiscalização para investigar o tratamento de dados biométricos de usuários no contexto do projeto World ID”.