Quem está em busca de aumentar a sua renda nesse ano, mas recebe ajuda do governo por meio do Bolsa Família, deve estar atento as possibilidades de corte. É que o programa é pago para quem vive com baixa renda, logo qualquer aumento tira a prioridade do auxílio.
Uma das principais notícias falsas envolvendo o Bolsa Família é que o programa impede que as pessoas que o recebem trabalhem com carteira assinada. Na verdade, é possível trabalhar e continuar recebendo o programa, mas para isso é preciso atender os critérios de renda.
Até 2023 para conseguir receber seu salário pelo emprego e manter o programa assistencial, o cidadão precisava manter sua renda em no máximo R$ 218 por pessoa. O valor é dificilmente alcançado quando a remuneração no trabalho é de pelo menos 1 salário mínimo.
Diante disso, em 2023 o governo federal criou a Regra de Proteção. Por meio dessa regra é possível aumentar a renda por pessoa da família, mas o valor do Bolsa Família sofre alterações importantes.
Como funciona a Regra de Proteção para manter o pagamento do Bolsa Família?
Para conseguir manter o pagamento do Bolsa Família mesmo tendo aumentado sua renda mensal para mais que R$ 218 por pessoa da família é preciso ter muita atenção.
Embora a regra tenha sido criada para incentivar a formalidade e o empreendedorismo, ela vai valer somente para:
- Famílias com elevação de renda acima do limite de entrada no programa para até meio salário mínimo por componente familiar.
“Antes, quem entrava no Bolsa Família e assinava a carteira, perdia o benefício só porque se efetivou em um trabalho formal. Agora não. A gente mede a renda”, explicou o ministro do MDS, Wellington Dias.
Mudanças no valor do Bolsa Família para quem começa a trabalhar
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, em dezembro de 2024 pelo menos 2,74 milhões de famílias estavam em Regra de Proteção, recebendo em média R$ 370,33.
A quantia recebida é diferente porque:
- tudo o que o grupo recebe é cortado em 50% e eles são mantidos no Bolsa Família por um período máximo de dois anos.
Ou seja, a família passa a receber 50% do que tem direito e só permanece no programa por mais dois anos. Depois desse período o auxílio é totalmente cortado porque o governo entende que o grupo já conquistou sua liberdade financeira.