O Brasil, com dias cada vez mais quentes, está prestes a dar um passo importante na proteção dos trabalhadores expostos ao calor extremo. O Governo Federal está finalizando um novo decreto que atualiza as regras de trabalho, segurança e saúde, com foco em quem trabalha a céu aberto.
De acordo com matéria da Folha de S.Paulo, as novas regras de trabalho, resultado de longas discussões e consultas públicas, trarão diversas mudanças para garantir condições de trabalho mais seguras e saudáveis para os trabalhadores expostos ao calor. Entre as principais medidas, estão:
- Horários de trabalho flexíveis: a possibilidade de ajustar os horários de trabalho para evitar os períodos mais quentes do dia;
- Pausas para descanso: aumento da frequência e duração das pausas para recuperação térmica;
- Áreas de descanso: criação de áreas sombreadas e com acesso à água potável nos locais de trabalho;
- Equipamentos de proteção individual (EPIs): melhoria na qualidade e adequação dos EPIs para proteção contra o calor;
- Monitoramento da saúde dos trabalhadores: realização de exames médicos periódicos e acompanhamento da saúde dos trabalhadores expostos ao calor.
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Beneficiários das novas regras de trabalho
O novo decreto beneficiará diretamente milhões de trabalhadores que atuam em diversas áreas, como:
- Construção civil: pedreiros, assentadores, pintores, entre outros;
- Agricultura: trabalhadores rurais, especialmente aqueles que trabalham em áreas abertas;
- Limpeza urbana: coletores de lixo, garis e outros trabalhadores de limpeza pública;
- Indústria: trabalhadores em atividades externas, como manutenção de equipamentos e obras.
Por que a necessidade desse novo decreto?
As ondas de calor cada vez mais frequentes e intensas no Brasil têm colocado em risco a saúde e a vida de milhares de trabalhadores. O calor extremo pode causar diversos problemas de saúde, como desidratação, exaustão, insolação e até mesmo a morte.
Desafios para a implementação
Apesar dos avanços, a implementação do novo decreto ainda enfrenta alguns desafios como:
- A falta de fiscais do trabalho e a dificuldade de fiscalizar empresas em locais remotos podem dificultar a aplicação das novas regras;
- Algumas empresas podem resistir às mudanças, alegando aumento de custos;
- É preciso informar e conscientizar os trabalhadores sobre seus direitos e a importância de seguir as novas normas.