Remédio falsificado e abuso pode fazer Anvisa bater o martelo e criar nova regra para compra

Uma sequência de intercorrências envolvendo a compra e venda de um remédio tem chamado a atenção da Anvisa. As irregularidades que envolvem desde falsificações do item até uso sem recomendação médica tem gerado uma grande preocupação com relação à saúde dos brasileiros. Com o objetivo de realizar a proteção dos cidadãos, a agência tem estudado uma nova regra para a compra de alguns medicamentos.

Remédio falsificado e abuso pode fazer Anvisa bater o martelo e criar nova regra para compra. (Imagem: Jeane de Oliveira/FDR)

O cuidado está sendo tomado com relação ao medicamento Ozempic que tem como princípio ativo a semaglutida. Recentemente, a empresa responsável pela produção do medicamento, a Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda, enviou um alerta para a Anvisa sobre casos de falsificação.

De acordo com a especialista do FDR, Lila Cunha, a empresa apresentou alguns indícios de que canetas as de insulina Fiasp FlexTouch poderiam ter sido foram readesivadas e reaproveitadas com rótulos de Ozempic. A suspeita é de que os rótulos tenham sido retirados indevidamente de canetas originais do medicamento. 

Além disso, o uso descontrolado do medicamento sem receita médica também tem gerado preocupação. Isso porque, atualmente, não existe obrigação de retenção de receita para que o medicamento seja vendido para quem realiza a procura do item nas farmácias. Por isso, uma possível mudança tem sido estudada pela Anvisa. 

Saiba as mudanças que deverão ser implementadas pela Anvisa na venda do medicamento:

  • Atualmente os medicamentos são classificados como tarja vermelha;
  • Segundo o portal de notícias Poder 360, a classificação continuará igual;
  • No entanto, o remédio só poderá ser vendido com a retenção de receita médica;
  • Dessa forma, será possível ter um maior controle com relação aos remédios vendidos;
  • Além disso, também será possível garantir uma maior segurança para a saúde dos brasileiros;
  • Isso porque a exigência de receita obrigará o cidadão a passar por uma consulta médica para poder realizar a compra do remédio em qualquer estabelecimento comercial.