Foi anunciado pelo Ministério do Trabalho um acordo entre o Departamento Nacional e o Conselho Nacional do SESI. A ideia é conseguir capacitar e aumentar a escolaridade dos brasileiros, possibilitando o preenchimento de 25 mil vagas de emprego.
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)
O Acordo de Cooperação Técnica (ACT) foi firmado na última quarta-feira (27), em Brasília, durante o Encontro Nacional da Indústria (ENAI) 2024. Este acordo sela o compromisso de qualificar os brasileiros a fim e que preencham vagas no setor industrial.
É uma oportunidade que o poder público encontrou para aumentar a escolaridade e capacitar quem não tem preparo, e uma oportunidade para que o setor industrial preencha vagas no setor chamado de “neoindustrialização” e na construção civil.
“Esse acordo vai qualificar trabalhadores para que eles ocupem as novas vagas demandadas de acordo com as regiões do país. Além disso, é um passo significativo para a promoção da qualificação profissional integrada à elevação da escolaridade de milhões de brasileiros, melhorando a empregabilidade”, ressaltou o ministro Luiz Marinho.
Como os brasileiros serão qualificados para as vagas de emprego?
De acordo com o Ministério do Trabalho, a ideia firmada pelo ACT é:
- Integrar a Educação de Jovens e Adultos (EJA) ao ensino fundamental e médio com qualificação voltada ao mercado de trabalho;
- Logo, o trabalhador completa a sua escolaridade e ainda tem a oportunidade de se qualificar para o mercado de trabalho;
- A parceria vai beneficiar prioritariamente jovens entre 18 e 29 anos com ensino fundamental ou médio incompleto.
Luiz Marinho, ministro do Trabalho, e Fausto Augusto Júnior, presidente do Conselho Nacional do SESI, defendem o mesmo pensamento. Para eles a falta de escolaridade, evasão escolar e falta de qualificação profissional são problemas que atingem o mercado de trabalho.
Segundo Fausto, hoje os empregos na indústria são formados por 70% de homens e com nível médio completo.
“Por isso, é importante a elevação da escolaridade e qualificação focada em necessidades de qualificação de mão de obra nas regiões do país, além de trazermos as mulheres para o mercado de trabalho”, explica o presidente do Conselho do SESI.
Parceria SESI e governo federal
A ideia é que seja criado um comitê gestor composto pelo Ministério do Trabalho, Ministério do Desenvolvimento, Indútria Comércio e Serviços, e o SESI. Eles se reunirão mensalmente para monitorar as atividades e validar os materiais pedagógicos.
As ações para que os brasileiros sejam qualificados e depois encontrem uma vaga de emprego incluem:
- As inscrições e matrículas serão realizadas pelo SESI;
- A implementação do EJA com qualificação profissional ocorrerá com 80% do conteúdo oferecido de forma EAD e 20% presencial;
- A qualificação profissional, que terá uma carga de 240 horas/aula, será totalmente presencial;
- Os participantes serão encaminhados para as oportunidades de trabalho por meio do Sistema Nacional de Empregos (SINE).
