O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou medidas que incluem um possível aumento no valor do Imposto de Renda para quem recebe mais de R$ 50 mil mensais. A medida visa equilibrar a isenção anunciada para rendas de até R$ 5 mil, destacada em seu pronunciamento sobre o pacote de corte de gastos.
Segundo Haddad, o aumento no valor do Imposto de Renda para as maiores faixas salariais busca manter a neutralidade fiscal da reforma. Essa estratégia garante que a redução da carga tributária para a classe média seja compensada por uma contribuição maior dos mais ricos.
“A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados”, disse Haddad.
Quem será afetado pelo aumento no valor do Imposto de Renda?
A proposta de ajuste na tabela do IR poderia gerar uma perda de R$ 40 bilhões na arrecadação. Para minimizar esse impacto, está em análise um aumento no valor do Imposto de Renda para quem ultrapassa os limites de isenção, mantendo o benefício restrito a quem recebe até R$ 5 mil mensais, com uma transição suave para rendas próximas.
A estratégia é garantir que o aumento no valor do Imposto de Renda afete apenas quem ganha significativamente mais, sem alterar a tabela geral. Assim, a arrecadação seria preservada, enquanto o alívio tributário beneficiaria a maioria dos trabalhadores.
Atualmente, o Imposto de Renda é recolhido por faixas de renda, com isenção para salários de até R$ 2.259,20. Para rendas superiores, as alíquotas começam em 7,5% e chegam a 27,5% para quem ganha acima de R$ 4.664,68. No entanto, o governo estuda um aumento no valor do Imposto de Renda para faixas mais altas, como forma de equilibrar a arrecadação.