Urgente! Governo usa R$83,9 bilhões em verbas do Bolsa Família para financiar comunicação

Uma das ações do governo federal divulgada nesta semana foi motivo de polêmica. Isto porque segundo dados, os investimentos que seriam destinados ao Bolsa Família foram repassados para fundos de comunicação.

Urgente! Governo usa R$83,9 bilhões em verbas do Bolsa Família para financiar comunicação (Reprodução/Internet)
Urgente! Governo usa R$83,9 bilhões em verbas do Bolsa Família para financiar comunicação (Reprodução/Internet)

A novidade foi compartilhada através da publicação de Portaria na última quinta-feira (4), Diário Oficial da União. De acordo com o texto, houve a transferência dos valores de R$ 83,9 milhões do programa para outros fins.

O detalhamento explica que a verba foi destinada para a comunicação institucional do Palácio do Planalto. Segundo informações do secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, este valor seria o repassado para a região Nordeste.

Outra fonte ligada ao Ministério da Economia pontua que a transferência dos valores à comunicação foi realizada por uma demanda interna da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. O dinheiro será utilizado para viabilizar campanhas publicitárias de caráter educativo, informativo e de orientação ao cidadão.

Quando procurado, o Ministério da Economia detalhou por nota que a ação foi necessária para atender os tetos de gastos estipulados pelo governo. Além disto, é importante que haja esta compensação entre as duas frentes.

Segundo eles, a escolha da fonte de recursos foi motivada pela baixa execução do Bolsa Família, principalmente em razão do pagamento do auxílio emergencial – no qual está realizando o pagamento de R$ 600 em substituição ao valor tradicional.

“Importante destacar que nenhum beneficiário do Programa Bolsa Família foi prejudicado no recebimento de seu benefício e, com a instituição do Auxílio Emergencial, a maioria teve benefícios superiores”, afirmou o Ministério da Economia.

Baixa do Bolsa Família no Nordeste

Em tempo, dados apontam que o programa – que durante a pandemia foi substituído pelo auxílio emergencial de R$ 600 – atendeu menos famílias nas regiões Norte e Nordeste do país durante os meses de maio deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Em números, o Norte e Nordeste tiveram uma queda de e 1,5% na concessão dos benefícios, já Sul e Sudeste registraram uma ampliação da cobertura —de 1,21% e 1,33%, respectivamente.
Em números totais, em abril foram 14,27 milhões de famílias beneficiadas, já no mês de maio do ano passado 14,34 milhões aderiram o programa. Comparando mês de maio desde ano, cobertura passou para 14,28 milhões.