Durante entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a rádio O Povo, de Fortaleza (CE), na última sexta-feira (11), ele voltou a prometer a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Esta foi uma promessa de campanha que não se cumpriu.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez a mesma promessa na campanha das eleições de 2018, em que foi eleito, mas não conseguiu cumprir no seu mandato. Depois, em 2022 quando disputava a presidência contra Lula, ele voltou a prometer a isenção do Imposto de Renda.
Até o momento, assim como Bolsonaro o presidente Lula também não conseguiu chegar a isenção de até R$ 5 mil para os contribuintes. No entanto, a cada ano tem elevado a faixa de isentos do Imposto de Renda, acompanhando a evolução do salário mínimo no país.
No dia 11 de outubro, enquanto visitava a cidade de Fortaleza (CE) para a entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida, o presidente Lula voltou a tocar no assunto. Na conversa com a rádio O Povo, ele prometeu que aumentará a isenção do imposto.
Isenção do Imposto de Renda para quem ganha R$ 5 mil
Lula não informou quando a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil vai começar. Mas, reforçou a sua opinião sobre o caso. Para o chefe da União, o salário do trabalhador não pode ser considerado como renda para tributação.
“Renda é o cara que vive de especulação. Esse, sim, deveria pagar Imposto de Renda. Mas o povo trabalhador, o cara se mata de trabalhar, chega no fim do ano e pega a participação no lucro dele, um pouquinho, e vai lá: 27% de Imposto de Renda“, disse o presidente.
Ele comparou os ganhos de um trabalhador cuja faixa de salário é de R$ 5 mil, e o de acionistas da Petrobras que ganham em torno de R$ 45 bilhões de dividendos, mas não são tributados.
“Não é um compromisso de campanha. É um compromisso de justiça. Você não pode fazer com que as pessoas que ganhem R$ 5 mil paguem Imposto de Renda (…) Você não pode cobrar 27% ou 15% de um trabalhador que ganha R$ 4 mil e deixar os caras que recebem herança não pagar”, defendeu.