A alta do dólar e outros elementos fizeram o Banco Central elevar a taxa de juros para mais de 10% a partir de outubro. Esse é o primeiro aumento desde agosto de 2022 e não deve ser o único pelos próximos meses.
Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar a taxa de juros. Esse é o primeiro aumento desde o início do mandato do presidente Lula em janeiro de 2023.
O último reajuste com alta foi registrado em agosto de 2022, quando ela subiu para 13,25%. Após isso apenas reduções foram feitas, até atingirmos a marca de 10,5% ao ano. Entre os motivos desse aumento estão a alta do dólar e as incertezas em relação à inflação.
Nova taxa de juros
- Com a recente decisão do Copom a taxa de juros subiu para 10,75% ao ano, percentual já esperado pelo mercado financeiro.
- Nas últimas reuniões, de junho e julho o Copom havia decidido manter a taxa em 10,5% ao ano.
- Entre os fatores anunciados pelo Comitê do Banco Central que levaram ao aumento estão: resiliência na atividade econômica, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo (diferença entre o PIB observado e o PIB potencial de um país), as estimativas de alta da inflação,
- Sobre o futuro, infelizmente, existe uma expectativa de que essa seja apenas a primeira alta da taxa de juros, mas o Copom ainda não deu mais informações.
Consequências do aumento da taxa Selic
- A principal consequência é o aumento dos juros bancários, o que deve acontecer imediatamente.
- Isso significa que ao pagamento de dívidas pode ser um pouco mais difícil.
- Quem usa o cheque especial ou o cartão de crédito já pode ir preparando o bolso, pois o aumento dos juros vem nos próximos 30 dias.
- Além disso, o poder de compra dos consumidores também poderá ser reduzido com essa nova taxa.
A especialista do FDR, Laura Alvarenga, lembra que os juros do crédito rotativo do cartão de crédito foram reajustados neste ano, confira mais detalhes.