Em menos de 60 dias os brasileiros terão que lidar com mudanças no momento de fazer o PIX. Isso porque, o Banco Central anunciou alterações nas regras para que os pagamentos instantâneos usando o celular sejam feitos. O interesse é dar mais segurança para operação.
O mesmo motivo que faz o método de pagamento PIX ser o mais útil da nova geração, também o torna uma das funções mais perigosas. A instantaneidade do pagamento, a disponibilidade de fazê-lo a noite e aos finais de semana, são visadas por bandidos no momento de dar golpes.
Hoje, não é preciso aguardar o horário comercial para enviar ou receber dinheiro, e embora seja positivo também é um risco. Pensando no lado negativo, o Banco Central decidiu tomar algumas providências para evitar que pessoas caiam em golpes.
Novas medidas de segurança para usar o PIX
As mudanças propostas para o PIX, e que começam a valer a partir de 1º de novembro deste ano, dizem respeito aos pagamentos que são feitos por aparelhos que não estão cadastrados no banco. Válido tanto para smartphone (celular) como computadores.
Quando a conta for acessada por um aparelho diferente, o banco vai limitar o total que pode ser transferido pelo cliente. A ideia é que ao limitar o PIX, caso a transferência não esteja sendo feita pelo próprio consumidor, a instituição consiga evitar danos maiores.
A medida vai valer para aparelhos que nunca tenham sido usados para iniciar uma transação Pix. Neste caso, se houver troca do aparelho celular, o BC recomenda que o cliente cadastre esse novo aparelho no banco.
Mudanças que vão impactar o cliente
- Limite de R$ 200 para a transferência de aparelhos novos sem cadastro com o banco;
- Valor total diário não pode exceder R$ 1.000.
Mudanças que vão impactar os bancos
O Banco Central também apresentou mudanças a serem adotadas pelas instituições financeiras, incluindo:
- adotar solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente;
- disponibilizar – em canal eletrônico de acesso amplo aos clientes – informações sobre os cuidados que os clientes devem ter para evitar fraudes;
- pelo menos uma vez a cada seis meses, os bancos devem verificar se seus clientes possuem marcações de fraude na base de dados do Banco Central.