Em todo canto do país a principal queixa ainda é a mesma: a saúde precisa melhorar. Mesmo o SUS (Sistema Único de Saúde) sendo um dos serviços públicos mais avançados do mundo, a fila de espera para ser atendido continua sendo um problema nacional.
Um levantamento feito pelo GLOBO, com base nos dados do Ministério da Saúde, mostrou que moradores de ao menos treze capitais do país precisam esperar, em média, mais de um mês para ter uma consulta médica na rede municipal do SUS.
Com a proximidade das eleições municipais, que acontecem em outubro de 2024, o assunto virou alvo de promessas de campanha. Os candidatos a prefeito propõem um novo mandato com foco na melhoria da saúde pública, mas o tema já virou “promessa de político”.
Fila do SUS nas principais capitais brasileiras
De acordo com a pesquisa feita pelo GLOBO, as capitais brasileiras ainda enfrentam grandes problemas com a saúde pública. Embora recebam mais investimentos, comparado as cidades vizinhas, os governos das capitais ainda possuem dificuldade em melhorar esse quesito.
O levantamento mostrou o seguinte tempo de espera para consulta médica nesses municípios:
Maior tempo de espera
- Cuiabá (MT): tempo médio de espera de 197 dias para consultas, e 168 dias para cirurgias;
- Florianópolis (SC): tempo médio de espera de 583 para exames médicos.
Menor tempo de espera
- Maceió (AL): tempo médio de espera de 7,75 dias para consulta médica;
- Belém (PA): tempo médio de espera de 7,95 dias para exames;
- Recife (PE): tempo médio de espera de 4,79 dias para cirurgias eletivas.
A última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019 mostrou que sete em cada dez brasileiros, dependiam exclusivamente do SUS para cuidar de sua saúde.
Quem tem prioridade na fila do SUS?
A Lei 10.048/00 garante atendimento prioritário no SUS para determinados tipos de cidadãos, são eles:
- pessoas com deficiência;
- idosos com 60 anos ou mais;
- gestantes;
- lactantes;
- pessoas com obesidade.
No caso de transplante de órgãos e tecidos, a fila é organizada por ordem cronológica de cadastro, e a prioridade é definida pela necessidade médica de cada paciente.