Auxílio-gás vai crescer! Governo toma decisão que deve incluir novas famílias no programa

O orçamento do Auxílio-gás de nível nacional sempre foi pequeno, comparado aos outros programas de transferência de renda. Há meses o total de famílias beneficiadas não ultrapassa 5,8 milhões. Mas, o governo federal fez um anúncio importante que pode mudar isso.

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Auxílio-gás vai crescer! Governo toma decisão que deve incluir novas famílias no programa
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

Na última segunda-feira (26) o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou durante a cerimônia que instituiu a Política Nacional de Transição Energética, que até 2025 o governo federal vai oferecer botijão de gás para mais de 20 milhões de famílias brasileiras. 

Para alcançar essa conquista, foi criado um projeto de lei que amplia o acesso ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de uso domiciliar. O projeto já foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e agora deve ser votado no Congresso Nacional. 

De acordo com o presidente, uma das propostas deste projeto é aproveitar o gás produzido na Petrobras e estabelecer uma reserva para o uso nas cozinhas brasileiras, com teto de preço. Logo, impediria que o valor suba excessivamente da produção até a distribuição.

Impactos do novo projeto de lei no Auxílio-gás

Hoje, há 5,6 milhões de famílias pobres recebendo o Auxílio-gás que paga pouco mais de R$ 100. O valor é depositado bimestralmente, ou seja, a cada dois meses, e equivale a 100% da média nacional do botijão de gás de cozinha. 

A ideia agora é aprimorar a política que já existe dentro deste programa. Para isso, o projeto de lei propõe que:

  • Aumento da disponibilização de recursos para selecionar novas famílias, prevendo R$ 13,6 bilhões durante o ano de 2026;
  • Criando uma nova modalidade no formato da concessão do benefício, com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) credenciando as revendedoras que desejarem participar voluntariamente do programa;
  • A ANP também vai definir o preço teto que o botijão será vendido.

“O uso da lenha para cozinhar ainda é causa de mortes prematuras. São famílias, em sua maioria, que vivem em locais afastados, como quilombolas e ribeirinhos. Essa proposta chega para nos ajudar a reverter esse quadro, combatendo a desigualdade social no país e levando mais dignidade e segurança para essas famílias”, defendeu o ministro de Minas e Energia. 

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Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com