Crédito para beneficiários do Bolsa Família: conheça os detalhes do Programa Acredita

Os beneficiários do Bolsa Família têm disponível uma linha de crédito por meio do programa Acredita. Este programa foi criado para incentivar o empreendedorismo, e tem entre os seus eixos o “Acredita no Primeiro Passo”, em que o dinheiro serve para investir no pequeno negócio. 

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Crédito para beneficiários do Bolsa Família: conheça os detalhes do Programa Acredita
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

O Acredita é um programa criado e lançado pelo governo federal neste ano. O seu principal objetivo é servir como um pacote de medidas, ações e benefícios que estimulem o empreendedorismo e a autonomia no país, inclusive de pessoas de baixa renda. 

Existem eixos dentro desse programa que atendem diferentes públicos, entre eles o Acredita no Primeiro Passo que é voltado aos inscritos no Cadastro Único, principalmente beneficiários do Bolsa Família. Esse é um público que tem mais dificuldade em conseguir empréstimo.

Para garantir que tenham acesso a uma linha personalizada, o governo está liberando garantias para que os bancos aumentem os empréstimos. Funciona como se o poder público disesse aos bancos “fique com essa garantia caso ele não pague pelo dinheiro emprestado”. 

Como esse público tem dificuldade de obter garantia, foi constituído um fundo garantidor de crédito (…) Os fundos que foram constituídos são para pessoas jurídicas, enquanto esse atende as pessoas físicas oriundas do Cadastro Único“, explica o secretário do Ministério do Desenvolvimento Social, Luiz Carlos Everton no episódio Fala MDS. 

Quem pode pedir o empréstimo do Bolsa Família?

A linha de empréstimo do Acredita não é igual ao último empréstimo do Bolsa Família, na verdade o empréstimo que foi oferecido para quem recebia o Auxílio Brasil. 

Em 2022 o governo federal chegou a permitir a liberação de crédito consignado para esse público, na época o Auxílio Brasil que estava sendo pago. A cobrança das parcelas acontecia direto no benefício, com desconto de até R$ 160 por mês. 

Dessa vez, o empréstimo para inscritos no Bolsa Família tem um objetivo: emprestar dinheiro para o cidadão empreender. A ideia é que aos poucos a família consiga ter uma fonte de renda e se desvincular do governo. 

Para pedir pelo empréstimo é preciso atender aos critérios:

  • Estar inscrito no Cadastro Único;
  • Ser preferencialmente beneficiário do Bolsa Família;
  • Ser preferencialmente uma mulher;
  • Ter um pequeno negócio aberto, ou que tenha interesse em abrir um empreendimento;
  • Será necessário abrir um MEI (Micro Empreendedor Individual).

 “O Acredita veio para viabilizar esses negócios e dar uma vida digna a essas pessoas, que ao empreender, podem ganhar muito mais. Têm pessoas que passam a ganhar três, quatro salários mínimos, montando o seu próprio negócio”, explica o secretário Luiz Everton. 

Como pedir o empréstimo do Bolsa Família?

Por enquanto, o empréstimo do Bolsa Família pelo programa Acredita já foi lançado no Ceará, Piauí, Sergipe e Pará, sendo que outras adesões estão em andamento. 

O interesse do governo é de que todos os estados tenham esse tipo de crédito a disposição, sendo que a linha será oferecida por bancos regionais e estaduais. É o caso do Banco do Nordeste que ficou responsável por liberar o crédito nos estados mencionados. 

É importante entender esse ponto porque o governo federal esclareceu que o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), bem como o Cadastro Único, não oferecem empréstimo. Quem oferece a linha são os bancos. 

Por isso, para solicitar é necessário:

  • Procure uma agência de banco que oferece o crédito (ex.: Caixa, Banco do Brasil);
  • Apresente seus documentos e o plano do seu negócio;
  • Faça a simulação do quanto conseguirá emprestar, os juros e o prazo de pagamento;
  • Aguarde a aprovação do crédito.

“A ideia é lançar nos 27 estados, porque você também faz um pacto com os governos estaduais para ajudar nesse eixo de capacitação, qualificação, do emprego e do próprio empreendedorismo, fazendo buscas ativas dessas pessoas. E os estados têm se comprometido em ajudar a aumentar a renda delas”, conclui o secretário de Inclusão Socioeconômica.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com