A Petrobras divulgou um aumento no combustível e no gás de cozinha a partir desta terça-feira, 9, marcando o primeiro reajuste do ano. O impacto será sentido pelos consumidores nas próximas semanas.
Segundo a estatal, o aumento no combustível terá um acréscimo de R$ 0,20 por litro, elevando o valor para R$ 3,01. O gás de cozinha de 13 kg também sofrerá um reajuste, subindo R$ 3,10 e totalizando R$ 34,70.
Mas como esse aumento no combustível e no gás afetará o dia a dia dos brasileiros? Confira abaixo quais produtos e serviços serão mais impactados. Essa alteração também afetará diretamente o preço final ao consumidor, especialmente considerando a composição da gasolina C vendida nos postos, que inclui 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro.
Com isso, a parcela da Petrobras na composição do preço ao consumidor será de R$ 2,20 por litro, um aumento de R$ 0,15 em cada litro de gasolina C. Em 2024, a Petrobras está realizando seu primeiro ajuste no preço de venda da gasolina A para as distribuidoras, marcando uma mudança significativa após reduções anteriores.
O último ajuste, que ocorreu em 21/10/2023, havia sido uma redução, enquanto o último aumento foi registrado em 16/08/2023. Desde a adoção de sua nova estratégia comercial, a Petrobras conseguiu diminuir os preços de venda para as distribuidoras em R$ 0,17 por litro, refletindo uma política de ajustes frequentes para se alinhar às condições do mercado.
A Petrobras está ajustando os preços de venda do GLP para as distribuidoras, com um aumento significativo para o botijão de 13kg, que passará a custar em média R$ 34,70, um acréscimo de R$ 3,10.
Este é o primeiro ajuste de preços de GLP da Petrobras em 2024, seguindo reduções anteriores que ocorreram em 17/05 e 01/07/2023. O último aumento registrado foi em 11/03/2022, destacando uma mudança na estratégia de preços da empresa
Desde 31/12/2022, a Petrobras conseguiu reduzir os preços de venda para as distribuidoras em R$ 7,34 por botijão de 13kg, buscando adaptar-se às condições do mercado e às demandas dos consumidores.
Impactos do aumento no combustível e no gás
Alimentos
Com o recente ajuste nos preços de combustível e gás pela Petrobras, é esperado que o impacto se estenda aos preços dos alimentos e bebidas nos supermercados. Essa mudança inevitavelmente resultará em custos mais altos para refeições em restaurantes, afetando o bolso dos consumidores.
Esse aumento nos custos de transporte e produção reflete diretamente nos preços finais dos produtos alimentícios e nas bebidas comercializadas em supermercados, ampliando o desafio econômico para famílias e empresas.
Transporte
Com o recente aumento nos preços de combustíveis e gás pela Petrobras, os custos das corridas por aplicativo também estão previstos para aumentar, refletindo diretamente nos gastos dos usuários.
Por outro lado, os transportes coletivos, incluindo fretes rodoviários e passagens de ônibus, não devem sofrer alterações significativas de preço, já que o diesel não teve reajuste neste momento.
Além disso, as passagens aéreas também permanecerão estáveis, uma vez que não houve aumento no preço do querosene de avião, garantindo previsibilidade nos custos para os viajantes.
Aumento no combustível e no gás tinha reajuste atrasado
Os importadores e refinadores privados brasileiros vinham pressionando por ajustes nos preços, argumentando que enfrentavam uma competição desleal com valores abaixo do mercado.
A Petrobras anunciou um aumento significativo no preço do GLP (gás liquefeito de petróleo), conhecido como gás de botijão, elevando o custo em R$ 3,10 por botijão de 13 quilos. Este é o primeiro ajuste no produto desde julho de 2023, marcando uma mudança na política de preços da empresa.
A estratégia comercial da Petrobras, adotada desde maio de 2023 para alinhar os preços dos combustíveis com o mercado nacional, é defendida pela empresa como uma forma de evitar oscilações decorrentes das volatilidades internacionais.
Segundo a Petrobras, essa abordagem visa cumprir a promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “abrasileirar” os preços, garantindo estabilidade e previsibilidade aos consumidores brasileiros em um cenário global de flutuações.
O ajuste recente nos preços dos combustíveis pela Petrobras, segundo analistas do banco Goldman Sachs, é considerado insuficiente para cobrir as defasagens acumuladas. Eles alertam que a empresa está operando atualmente com margem negativa no refino de gasolina, o que pode impactar sua capacidade de investimento e expansão.
Essa análise reflete preocupações sobre a política de preços da Petrobras e suas consequências econômicas tanto para a empresa quanto para os consumidores brasileiros, em um contexto de aumento contínuo nos custos de energia.