Bons tempos para os comerciantes e varejistas que vêm lidando com um baixo índice de distribuição. Superando a crise vivenciada em 2018, economistas e demais especialistas acreditam que esse fim de ano será de lucros para todos. A julgar pela antecipação do pagamento do FGTS, a expectativa é que esse seja o melhor Natal em termos de vendas desde 2013, acelerado o comércio para o começo de 2020.
O trabalhador que não esperava os R$ 500 do FGTS vem movimentando o setor de compras, presentes de fim de ano, decoração natalina, roupas, sapatos, entre outros produtos vêm ganhando uma maior circulação.
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Além disso, os juros reduzidos, a queda da inflação, novas ofertas de créditos e uma breve recuperação de empregos são algumas das causas apontadas responsáveis por sustentar o crescimento da produção e das vendas nesse último trimestre.
Estatísticas positivas do pagamento do FGTS
Segundo a previsão liberada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), acredita-se que o faturamento real deste ano apresentará um crescimento de 4,8% em relação a 2018.
“Não descarto a possibilidade de revisar para 5% a projeção”, afirmou o economista-chefe da entidade, Fabio Bentes. Se os números se confirmarem, esse será o melhor desempenho dos últimos 6 anos, correspondentes a taxa alcançada desde 2013.
Em parceria com o SPC Brasil, a CNDL realizou uma pesquisa que comprova que 7% dos brasileiros, cerca de 120 milhões de pessoas, planejam ir às compras durante novembro e dezembro. A movimentação corresponderá a um giro econômico de quase R$ 60 milhões. .“O resultado é equivalente ao de 2018, mas com viés positivo”, observa a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Segundo ela, os dados podem aumentar ainda, pois é válido considerar uma fatia de indecisos que ainda não definiram a dimensão de seus gastos e também a uma parcela que mesmo não pretendendo ir as compras, contabilizam um número menor do que nos anos anteriores.
Os tipos de compras se mostram dos mais variados, de moda a cuidados com o lar, os trabalhadores estão de fato saindo do básico, até então esperado pelos comerciantes.
“Nos últimos cinco anos, ficamos só com a venda para reposição dos eletrodomésticos, mas a população cresceu e a demanda reprimida hoje é muito grande”, afirmou João Carlos Brega, presidente da Whirlpool para América Latina, que é dona das marcas Brastemp e Consul, de lavadoras, fogões e geladeiras.