A vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal (CEF), Inês Magalhães, destacou que o sistema de financiamento imobiliário atual enfrenta desafios. Ela expressou preocupação com o que chamou de “certo esgotamento” do sistema durante um painel sobre recursos para o crédito habitacional.
O respectivo setor está buscando soluções para impulsionar o financiamento imobiliário. Duas medidas principais estão em discussão: a liberação de 5% dos depósitos compulsórios dos bancos para o crédito imobiliário e uma alteração no prazo de carência das Letras de Crédito Imobiliário (LCI).
Os recursos liberados dos compulsórios são esperados para aumentar os recursos disponíveis para os bancos concederem crédito. O presidente da Abecip, Sandro Gamba, destaca que a liberação de 5% dos depósitos compulsórios dos bancos é uma solução de curto prazo para impulsionar o financiamento imobiliário.
Ele ressalta que essa medida, embora relevante, não resolve estruturalmente a questão, já que os recursos liberados seriam consumidos em poucos meses. Gamba também enfatiza a importância de revisar o prazo das Letras de Crédito Imobiliário (LCI), cuja redução recente no prazo mínimo de vencimento resultou em uma queda significativa no volume de recursos disponíveis para o setor.
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Alternativas ao esgotamento do financiamento imobiliário
O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, destaca a importância da liberação dos depósitos compulsórios dos bancos para garantir recursos para o financiamento imobiliário.
Ele ressalta que, apesar de ter fôlego para 2024, é essencial pensar em estratégias para manter o ritmo de contratação. A proposta da Caixa é reduzir o recolhimento compulsório de 20% para 15%, liberando entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões para o setor imobiliário.
A Caixa Econômica Federal é líder no mercado de financiamento imobiliário, concedendo em média 2.800 novos financiamentos diariamente. Desde o ano passado, o banco expressa preocupação com a capacidade de financiamento habitacional e solicita alternativas ao governo federal.
Carlos Vieira, presidente da Caixa, alerta que os recursos atingiram o limite, afetando principalmente a classe média. Para enfrentar desafios no financiamento imobiliário, a Caixa Econômica Federal ampliou a captação em LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e planeja sua primeira emissão de títulos verdes no exterior, embora o valor ainda não esteja definido.
A queda na participação líquida de saldo da poupança preocupa o setor, especialmente os que operam no SPBE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Este sistema permite financiar até 80% do valor do imóvel, com juros limitados a 12% ao ano e prazo de até 35 anos para quitação da dívida.