O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou o aumento no índice de desemprego no país até o último mês de março. Somente no primeiro trimestre do ano a taxa atingiu a marca de 7,9%, influenciando também no aumento dos pedidos do seguro-desemprego.
Além disso, nos primeiros dois meses de 2024, o número de solicitações de seguro-desemprego chegou ao nível mais alto em quase uma década. Estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que, entre janeiro e fevereiro, foram feitos 1,2 milhão de pedidos em todo o Brasil.
Esse volume representa um crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2023. Em termos de valores pagos pelo seguro-desemprego, o aumento foi ainda mais significativo, subindo de R$ 6,1 bilhões no primeiro bimestre do ano passado para R$ 7,3 bilhões no mesmo período deste ano, um crescimento de quase 20%.
Segundo dados do Painel de Informações do Seguro-Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego, mais de 1,39 milhão de pessoas solicitaram o benefício até agora. Esse aumento nas solicitações do seguro-desemprego é um reflexo das mudanças no mercado de trabalho, onde a alta rotatividade é apontada como um dos fatores para esse crescimento.
Com um número crescente de trabalhadores formalizados, há uma maior parcela da população apta a requisitar o seguro-desemprego. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,6% no trimestre que terminou em janeiro, a mais baixa desde 2015.
Abaixo você entenderá melhor sobre o funcionamento do seguro-desemprego. E neste link, eu te explico tudo o que você precisa saber sobre este benefício, como critérios de recebimento, prazos e valores. Confira!
Como funciona o seguro-desemprego?
O seguro-desemprego é concedido a trabalhadores demitidos sem justa causa e sem renda própria, variando de três a cinco parcelas. O valor mínimo é o salário mínimo nacional, atualmente R$ 1.412, enquanto aqueles com salários médios acima de R$ 3.402,65 recebem R$ 2.313,74.
Os trabalhadores que acumularam pelo menos seis meses com carteira assinada têm direito a três parcelas, de 12 a 23 meses recebem quatro parcelas, e mais de 24 meses garantem cinco parcelas. Confira abaixo a tabela atualizada para 2024 com base nas faixas de salário médio necessárias ao cálculo do benefício:
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Até R$ 2.041,39 – multiplica-se o salário médio por 0,8;
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De R$ 2.041,40 até R$ 3.402,65 – o que exceder a R$ 2.041,39 multiplica-se por 0,5 e soma-se com R$ 1.633,10;
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Acima de R$ 3.402,65 – o valor será invariável de R$ 2.313,74.