Programas sociais ministrados pelo governo federal poderão ser reavaliados. Nessa semana, em entrevista à CNN Brasil, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que estuda a possibilidade de criar novos auxílios, por meio de programa sociais, para ajudar os brasileiros em situação de extrema pobreza. De acordo com o representante, o país precisa de uma reforma nas ações já em andamento, que estão liberando recursos para uma parcela errada da população.
Durante sua fala, Sachsida mostrou-se insatisfeito com os programas como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida. De acordo com ele, é preciso reconfigurar como tais benefícios funcionam e redirecionar melhor a verba do ministério da cidadania.
“O Brasil é cheio de programa social que, em vez de ajudar ao pobre, ajuda ao rico. Que tal se fortalecermos nossa rede de proteção social, pegando programas que não funcionam e colocando em programas que funcionam? Essas discussões estão sendo feitas, e, no momento adequado, com o Governo e o Congresso, vão ser divulgadas”, disse Sachsida.
Programas sociais pós coronavírus
Apesar do descontento, o secretário deixou claro que qualquer mudança nas pastas públicas só deverá ser realizada após a finalização do auxílio emergencial. Ele explicou que, nesse momento, essa deve ser a principal pauta do ministério da economia, afirmando que a ação poderá minimizar os efeitos da crise no país.
“Agora, o momento atual é de emergência. É natural que o governo seja mais focado nas pautas de auxílio emergencial a essa pandemia, que é única na história da ciência econômica“, acrescentou.
Sachsida relembrou que as estimativas para o PIB deste ano estão cada vez mais reduzidas e deverão permanecer em queda com a prolongação da pandemia.
“Cada semana de distanciamento social custa R$ 20 bilhões. Aumenta o endividamento e afeta o crescimento a longo prazo. Não é crítica a governadores; todos nós queremos o melhor ao nosso país. Se o presidente está falando, precisa ser levado a sério. Existe uma crise muito séria. Como vamos sair da crise? Vamos sair unidos. Não há dilema entre saúde e economia. A vida é um pacote”, finalizou.