Cronograma de pagamentos do auxílio emergencial poderá ser modificado para os beneficiários do Bolsa Família. Nessa segunda-feira (4), o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, informou que está se articulando com o governo federal para alterar a ordem da liberação dos R$ 600. De acordo com ele, os depósitos do projeto social, aliados aos demais grupos, está gerando superlotações nas agências bancárias.
Pedro afirmou que, a ideia é que o pagamento da segunda parcela do coronavoucher não aconteça juntamente com os envios do Bolsa Família. Para maio, a previsão da liberação do programa começa no dia 17.
No entanto, no mesmo período o ministério da economia deverá autorizar mais uma parcela aos demais beneficiários: desempregados, autônomos e MEI’s.
Em entrevista, o representante afirmou que deverá se reunir com Paulo Guedes, ministro da economia, e com o presidente Jair Bolsonaro para estruturar uma nova ordem de funcionamento. De acordo com ele, a decisão diminuirá o fluxo de pessoas nas unidades físicas da Caixa e reduzirá o risco de contaminação do covid-19.
Guimarães, afirmou ainda que a população está tendo dificuldade para lidar com as ferramentas online, desenvolvidas especificamente para o monitoramento do benefício.
Ele explicou que, a grande maioria das pessoas que estão indo até a Caixa não entendem como acessar os aplicativos, e por isso há uma lotação.
“São 30 milhões de brasileiros que estão tendo conta pela primeira vez e nessa parte da população há uma necessidade de ajuda porque a grande maioria tem dificuldade em entender um aplicativo”.
Atualmente, a população conta com o app Auxílio Emergencial, desenvolvido exclusivamente para poder fazer os cadastros e solicitações do benefício.
Além disso, para quem for receber pela poupança digital, a instituição lançou a ferramenta Caixa Tem. Sua finalidade é mostrar os valores depositados, realizar transferências e acompanhar o calendário de recebimento.
Quanto a isso, Guimarães explicou que com o funcionamento dos apps, as agências estão com as filas andando mais rápido e podem reduzir seus horários de funcionamento, para manter a segurança de seus servidores.
“A grande maioria [das agências] fecha às 14h, mas se houver movimento, continuamos a atender, muitas vezes até depois das 16h, quando o movimento é muito grande”, afirmou.