A pandemia do novo coronavírus tem provocado diversas alterações no cenário mundial, inclusive na economia. Com as instabilidades de mercado e crises marcadas pelo desemprego e recessão, Bovespa reage.
No Brasil, o principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, nesta segunda (4) apresentou índices recordes de queda, observando os cenários de tensões políticas locais e também no exterior que acabam assustando o mercado.
Já a Ibovesa, por sua vez, às 13h14 desta segunda também apresentou uma queda considerável de 3,11%, totalizando 78.003 pontos. Se comparar ao que foi observado na última quinta-feira (30), foram contabilizados 80.505 pontos.
Os dados foram levantados pela Economática que também destaca que na última semana foi registrado três dias em alta. Apesar do fechamento negativo ruim no dia 30, a entrada no mês de abril foi positiva.
Quando comparado ao ano de 2009, no qual registra a maior alta até o momento de 15,55%. Já em 2020, a alta foi de 10,55%. Novos dados devem surgir ainda nesta semana sobre as questões ligadas a análise da Bovespa.
Crise financeira
No Brasil, diversos fatores têm contribuído para que o mercado responda de forma negativa a estas ações. Isto porque o governo federal e atitudes do presidente em exercício no país, Jair Bolsonaro, são controvérsias.
A demissão do ex-ministro da saúde, Henrique Mandetta começou a colocar um questionamento por parte de investidores. Ações continuaram com as instabilidades no repasse do auxílio emergencial.
Por fim, o pedido de saída do cargo de ministro da Justiça, Sergio Moro, trouxe à tona discussões importantes sobre o governo que podem colocar em evidência o mercado financeiro.
Ainda neste final de semana, presidente Jair Bolsonaro participou de uma manifestação antidemocrática e inconstitucional em Brasília contra o STF e o Congresso.
Com isto, nesta segunda (4) economistas do mercado financeiro reduziram outra vez a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
A inflação também tende a ter índices baixos, que passou a ficar abaixo da marca dos 2%. Já o PIB de 2020, a expectativa de redução passou de 3,34% para 3,76%. Essa foi a décima segunda semana seguida de revisão para baixo do indicador.
Outras previsões apontam um corte maior da taxa básica de juros ainda neste ano e a elevaram para R$ 5 a previsão para o dólar no fim deste ano.