Os números consolidados e oficiais sobre o lucro do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) serão divulgados em 25 de julho. No entanto, um novo levantamento indicou que o resultado ficou abaixo do que estava sendo esperado por economistas e pela própria população.
O pré-resultado sobre o lucro do FGTS foi inicialmente informado pelo Jornal O Globo, e mais tarde confirmado por outros portais de notícia. De acordo com o levantamento, em 2022 os lucros somados pelo Fundo de Garantia chegaram a R$ 12,8 bilhões, queda de 16,4% frente ao valor esperado de R$ 15,37 bilhões. O que, claro, vai diminuir a quantia recebida pelos trabalhadores.
A AGU (Advocacia Geral da União) havia enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) a estimativa de lucro do FGTS de 2022 em pouco mais de R$ 15 bilhões. O resultado preliminar foi encaminhado junto a um documento que trata sobre a mudança na taxa de correção das contas do Fundo de Garantia, e passou a ser usado como referência para o cálculo do que será pago aos cotistas.
No entanto, esse novo levantamento mostrou que na verdade a soma de lucros do último ano ficou abaixo do esperado. E ainda, está 3,45% menor que o ganho registrado no ano anterior, que foi de R$ 13,3 bilhões. Na prática, a quantia que será compartilhada com os trabalhadores em agosto também vai cair. Mas é preciso aguardar os resultados oficiais que serão publicados em 25 de julho.
Quanto os trabalhadores receberão de lucro do FGTS?
Embora o valor total do lucro do FGTS tenha sido de R$ 12,8 bilhões, a quantia a ser repassada aos trabalhadores deve ser outra. O Conselho Curador do Fundo de Garantia deve decidir quantos porcento do total disponível devem ser divididos para os cotistas do FGTS.
A quantia precisa ser transferida para a conta do trabalhador até 31 de agosto. Recebem todos aqueles que até 31 de dezembro de 2022 tinham saldo positivo em suas contas. Quanto maior o valor disponível até aquele mês, maior será a quantia transferida em forma de lucro.
Este é um direito do trabalhador conquistado em 2017, época de governo de Michel Temmer. A ideia é permitir que os cidadãos que possuem conta no Fundo de Garantia tenham uma participação pelos lucros obtidos com os investimentos usando esses recursos.