Viajar de ônibus ou de avião? Diferença de preços é ASSUSTADORA

Com tudo tão caro, qualquer economia acaba sendo bem-vinda para o bolso. O aumento de preços das passagens assustou diversos brasileiros, que agora buscam alternativas na hora de viajar, especialmente na alta temporada. Confira abaixo a comparação de preços das passagens de avião e de ônibus e surpreenda-se!

Viajar de ônibus ou de avião?

Uma das maneiras mais usadas para economizar com as viagens é a troca das viagens de avião pelas viagens ônibus. Em um dos trechos mais procurados no país, a ponte aérea entre São Paulo e Rio de Janeiro, é possível verificar diferenças de até 19 vezes no valor do tíquete. Para viajar entre 14 e 16 de julho, por exemplo, a passagem mais barata de avião custava R$ 1.198,00. A mais barata de ônibus custava R$ 59,90. Em média, são necessários R$ 119,00 para ir de ônibus e R$1.306,00 para ir de avião.

Edson Lopes, diretor geral da FlixBus Brasil, comenta que o aumento na demanda tem uma explicação clara: “Viajar de avião está mais caro, especialmente quando é uma viagem de última hora. Inclusive nas compras com antecedência, a diferença é enorme. Em trechos mais curtos como São Paulo – Rio de Janeiro, por exemplo, mesmo para o mercado corporativo, que tende a ter mais flexibilidade com valores na hora de comprar, a opção terrestre compensa mais. Já em rotas com pouca concorrência, como Rio de Janeiro-Brasília, existe uma clara demanda reprimida por conta dos preços elevados e baixa competitividade. Com mais empresas operando, a oferta de assentos e o preço seriam ainda mais acessíveis para o consumidor”, comenta Lopes.

Um sinal de que os viajantes do aéreo estão migrando para o ônibus é o aumento do percentual de passageiros de alta renda que tem utilizado o transporte rodoviário no Brasil. O Flix Brand Tracker mostra que o volume de consumidores com renda mensal acima de R$ 10 mil viajando de ônibus dobrou de 4% para 8% de 2021 para 2022. Já o percentual de viajantes com renda entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por mês aumentou de 16% para 19%.

A flexibilidade das passagens de ônibus também é um fator que chama muito a atenção. Os preços conseguem permanecer competitivos mesmo com a compra mais próxima da data da viagem, diferentemente das passagens aéreas.

A realização de trocas e os preços das bagagens também são muito mais econômicos nos casos envolvendo viagens de ônibus. Por exemplo, na tarifa padrão de avião, é possível levar apenas uma bagagem de mão de até 10 quilos. Já de ônibus, o passageiro tem a opção de despachar até 30kg mais 5kg como bagagem de mão.

Isso sem falar do conforto, afinal de contas, existem opções de ônibus com opções de leito e semileito. Segundo a ANTT, em 2022, cerca de 65% dos passageiros transportados no serviço regular rodoviário utilizaram as categorias executivo e semileito, enquanto a categoria convencional representou 25% dos passageiros.  

Os números mostram que tempo é importante, mas economizar, principalmente neste período de crise, também conta muito. “O barateamento das passagens de ônibus também cumpre um papel social. Por um valor acessível, é possível viajar para visitar familiares, participar de algum evento ou até mesmo fazer um tratamento de saúde”, finaliza Lopes.

Victor BarbozaVictor Barboza
Meu nome é Victor Lavagnini Barboza, sou especialista em finanças e editor-chefe do FDR, responsável pelas áreas de finanças, investimentos, carreiras e negócios. Sou graduado em Gestão Financeira pela Estácio e possuo especializações em Gestão de Negócios pela USP/ESALQ, Investimentos pela UNIBTA e Ciências Comportamentais pela Unisinos. Atuo no mundo financeiro desde 2012, com passagens em empresas como Motriz, Tendere, Strategy Manager e Campinas Tech. Também possuo trabalho acadêmicos nas áreas de gestão e finanças pela Unicamp e pela USP. Ministro aulas, cursos e palestras e já produzi conteúdos para diversos canais, nas temáticas de finanças pessoais, investimentos, educação financeira, fintechs, negócios, empreendedorismo, psicologia econômica e franquias. Sou fundador da GFCriativa e co-fundador da Fincatch.