Fim das DÍVIDAS! Regras do Desenrola Brasil surpreendem os brasileiros com o nome sujo

Acabou o ministério! O fim das dívidas dos brasileiros com o nome sujo está próximo, pois o Ministério da Fazenda finalmente divulgou as regras do Desenrola Brasil. Uma portaria que regulamenta a pauta foi publicada pela pasta na última quarta-feira, 28, no Diário Oficial da União (DOU).

Fim das DÍVIDAS! Regras do Desenrola Brasil surpreendem os brasileiros com o nome sujo
Fim das DÍVIDAS! Regras do Desenrola Brasil surpreendem os brasileiros com o nome sujo. (imagem FDR)

O ministério manteve o critério de que, brasileiros com o nome sujo que recebam até dois salários mínimos possam renegociar as dívidas de até R$ 5 mil em 60 vezes, desde que o valor de cada parcela não seja inferior a R$ 50. Além disso, empresas que decidirem participar do Desenrola Brasil, deverão perdoar dívidas de até R$ 100. 

Dados apurados pelo Ministério da Fazenda apontam que 1,5 milhão de brasileiros possuem dívidas de até R$ 100 e poderão ser beneficiados pelas regras do Desenrola Brasil. De modo geral, a expectativa é para que um contingente de 70 milhões de pessoas usufruam dos benefícios do programa. 

A previsão é para que o Desenrola Brasil fique ativo a partir do mês de setembro. As renegociações de dívidas ocorrerão por meio de uma plataforma online a ser lançada pelo Governo Federal. Enquanto isso, a próxima etapa é a realização de um leilão que irá definir quais credores participarão do programa. 

A premissa é que as instituições que oferecerem mais descontos serão contempladas. Além disso, o Governo Federal também pretende implementar um programa voluntário de educação financeira vinculado ao Desenrola Brasil

Como as regras do Desenrola Brasil vão funcionar?

O programa deve facilitar a renegociação de débitos por meio de duas categorias de devedores. São elas:

Faixa 1 

Pessoas cuja renda mensal é de até dois salários mínimos [R$ 2.640] ou que estejam inscritas no CadÚnico. As dívidas deste público não podem ultrapassar R$ 5 mil por pessoa até o dia 31 de dezembro de 2022

Os cidadãos inadimplentes poderão renegociar dívidas junto a bancos, varejistas, companhias de água, luz e telefone. No entanto, não serão incluídos débitos com garantia real ou que sejam crédito rural e financiamento imobiliário

Faixa 2 

Este grupo é composto por todos os demais brasileiros endividados que não se enquadram nas regras da faixa 1. Na faixa 2, somente as dívidas bancárias poderão ser renegociadas. 

Cronograma do programa Desenrola Brasil

Início de julho

  • Empresas credoras cadastram as dívidas de devedores da faixa 1 em plataforma própria do programa;
  • Agentes financeiros (bancos e instituições financeiras) fazem adesão ao programa para ofertar crédito aos devedores interessados na renegociação;
  • A adesão dos bancos prevê, como contrapartida, a ‘desnegativação’ de quem tem dívida bancária inferior a R$ 100. Governo estima que 1,4 milhão de pessoas deixarão de ter nome sujo com essa medida;
  • Para os devedores da faixa 2, terá início a renegociação dos débitos diretamente com os bancos.

Meio de julho

  • Serão realizados os leilões de desconto das dívidas da faixa 1;
  • Os leilões serão feitos por categoria de dívida (como cartão de crédito ou companhia de telefone);
  • Os maiores abatimentos terão prioridade na fila para contemplação no programa.

Segunda quinzena de agosto

  • A plataforma será aberta para os devedores, que deverão acessá-la com seu usuário gov.br;
  • O cidadão deve checar se há oferta de desconto para sua dívida (lembrando que a adesão das empresas não é obrigatória);
  • Havendo oferta de redução do débito, o devedor poderá negociá-la na própria plataforma;
  • O governo estima que a plataforma ficará disponível pelo menos dois ou três meses.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.