País tem mais de 70% da população endividada atualmente, o que impossibilita o crédito e a arrecadação. Expectativa é de que o Programa Desenrola Brasil possa reduzir a inadimplência em até 40% ainda nesse ano. Conheça mais sobre essa inciativa do Governo Federal.
Segundo informações de 2022 da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 72 famílias a cada 100 estão endividadas no Brasil. O Programa Desenrola Brasil foi criado exatamente para possibilitar a redução desse número.
Para o Presidente Lula a iniciativa é importante porque fará com que os 72% da população com dívidas possa renegociar, e o melhor, com perdão de até R$ 100.
“Elas estão endividadas no cartão de crédito porque comparam comida, então nós temos que tentar ajudar essa gente”, afirmou Lula.
Conheça o Programa Desenrola Brasil
Lançado no começo desse mês de junho, o programa tem o objetivo de possibilitar que até 70 milhões de pessoas renegociem suas dívidas.
Na Faixa I estão aquelas pessoas que recebem até dois salários-mínimos ou que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Poderão ser renegociadas dívidas bancárias e não bancárias até R$ 5 mil.
Na Faixa II estarão aquelas pessoas que possuem dívidas com bancos.
O pagamento poderá ser feito à vista ou através de parcelamento em até 60 meses, 5 anos, com descontos com taxa máxima de juros de 1,99%.
Além de possibilitar a renegociação, o Ministério da Fazenda também pretende lançar um programa de educação financeira que vai ajudar os brasileiros a não ficarem de novo na mesma situação.
“Nós lançamos ontem um programa para as pessoas que estão negativadas e isso vai ser acompanhado de um programa de educação financeira, que é parte da saúde financeira. É um elemento importante da saúde financeira”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Ainda não há um calendário definido para o Desenrola, a estimativa do Ministério da Fazenda e do Governo Federal era que o programa fosse iniciado em julho.
No entanto, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) não acredita que seja possível o lançamento no próximo mês.
“Esta complexidade exige soluções tecnológicas e digitais de grande porte, que estão em fase final de desenvolvimento e não dependem apenas de iniciativas dos bancos, mas de outros atores que também estão diretamente envolvidos”, afirmou a nota da Febraban assinada pelo presidente, Isaac Sidney.
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