MOGI DAS CRUZES, SP — Nesta segunda, 5, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o programa para carros populares foi revisado e que foco será o transporte coletivo via ônibus e de cargas. Confira os detalhes e entenda.

O ministro, no entanto, afirmou que os carros populares seguem contemplados pelo programa, mas não entrou em detalhes.
Como ficam os carros populares?
Ao chegar a sede do ministério ontem, Haddad afirmou aos jornalistas presentes que o programa tinha sido repaginado. “A gente repaginou o programa, que ficou mais voltado para transporte coletivo e transporte de carga, mas o carro também está contemplado”, disse Haddad, segundo o Metrópoles.
De acordo com o que foi adiantado pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, o governo comandado por Lula prevê um gasto de R$ 1,5 bilhão com o pacote de incentivos à venda de carros populares e com a renovação das frotas de caminhões e ônibus.
No período do manhã, Haddad teve uma reunião com Lula no Palácio do Planalto. Ao sair da reunião, ele afirmou que detalhes aprofundados seriam dados no período da tarde..
O objetivo do programa é o de reduzir o preço dos carros populares em até 10,96% através da redução da carga tributária das indústrias do setor automotivo. Serão reduzidos IPI e PIS/Cofins para venda de carros novos de até R$ 120 mil.
Com isso, é esperado que o carro mais barato do país custe aproximadamente R$60 mil. O ministro indicou que o programa será “temporário”.
Como se trata de renúncia fiscal, a medida deve vir seguida de algum tipo de compensação. Um dos caminhos pensados é de que a regulamentação do segmento das apostas esportivas on-line auxilie na compensação do desconto para os carros.
O Ministério da Fazenda recebeu um prazo de 15 dias para concluir os detalhes do programa e apresentar ao presidente da República.
Funcionamento do programa
Segundo o colunista do Metrópoles, dos R$1,5 bilhão do programa, a maior parcela será gasta com incentivo a caminhões, cerca de R$700 milhões. Logo depois, aparecem os carros populares com R$500 milhões e os ônibus com R$300 milhões.
Os descontos para os carros ficarão entre R$2 mil a R$8 mil e vão variar segundo as regras determinadas pelo governo.