O CFO do Banco do Brasil, Marco Geovanne Tobias, se mostrou incomodado, na teleconferência realizada para apresentar os resultados da instituição no primeiro trimestre do ano, com um ponto importante.
O executivo estava insatisfeito com a maneira que o mercado precifica a ação do Banco do Brasil e desabafou. “Sem dúvida alguma, o mercado penaliza bastante o Banco do Brasil”, disse ele na teleconferência. Com isso, ele reforçou a visão da gestão anterior do BB, de que o banco é negociado com grande desconto.
Banco do Brasil e o mercado
Marco seguiu dando seu posicionamento sobre esta questão. “Eu acho que não é por uma questão de desempenho operacional do Banco do Brasil e de capacidade do management de executar estratégias, mas sim por outras questões que não cabe a nós discutirmos aqui”, afirmou Tobias na conferência, segundo o InfoMoney.
Em sua visão, o mercado “carregou muito na tinta” ao descontar o banco no ambiente de transição de governo. “A gente acredita que um retorno sobre patrimônio líquido de 21% não justifica a precificação que o mercado dá hoje para o Banco do Brasil”, afirmou ele.
Retorno de Marco Geovanne Tobias ao BB
O profissional retornou ao Banco do Brasil no cargo de CFO, antes ocupado por José Ricardo Forni. Isto marcou a volta do executivo ao BB onde ele trabalhou durante 23 anos até 2010. “Era um sonho que nós tínhamos lá em 2010 chegar ao nível de eficiência que o Banco do Brasil hoje está. E lembro que uma das grandes cobranças do mercado era a pouca exposição que o Banco do Brasil tinha ao crédito pessoa física, que o que traz mais margem”, disse ele, segundo o InfoMoney.
Tobias disse ainda que atualmente o crédito pessoa física responde por um terço do mix do BB, porém que mesmo assim o mercado segue penalizando o banco.
“O mercado tem que parar com essa bobagem, saber diferenciar questões políticas, de governo, das questões empresariais, negociais. É a melhor parceria público-privada que se tem. Desde que seja bem gerida, desde que tenha eficiência. Nós temos mostrando que somos, sim, capazes de gerar eficiência, gerando valor ao acionista e à sociedade”, afirmou ele, de acordo com o InfoMoney.