O Copom (Comitê de Política do Monetária) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano. A decisão foi tomada na reunião que aconteceu na última quarta, 3. Diante disso, quais são as melhores opções de investimento? Confira.
Na visão de economistas e estrategistas de investimentos, o momento é apropriado para aproveitar as taxas elevadas de títulos atrelados à inflação e prefixados. A grande indicação do momento segue sendo a renda fixa, já que a projeção é que a Selic demore um pouco para cair.
Melhores opções de investimento com a Selic em 13,75%
A expectativa de queda da Selic para os próximos meses foi embutida no preço dos ativos e os juros ofertados em títulos atrelados à inflação e prefixados já caíram levemente.
Porém, para os economistas e estrategistas de investimentos, estas opções não são descartadas e eles orientam que os investidores usufruam das boas taxas da renda fixa antes que elas caiam mais ainda. Uma parte considerável dos economistas orienta esperar para aumentar a fatia da renda variável.
“Estamos em um momento de digerir o que será antes de tomar risco, considerando as dúvidas em relação ao arcabouço fiscal. Ainda aconselhamos um direcionamento maior para a renda fixa, com taxas bem atrativas”, disse Arley Junior, estrategista de investimentos do Santander ao Valor Investe.
O consenso entre os economistas e estrategistas são os títulos atrelados à inflação. Eles são considerados uma boa aposta para o médio e longo prazo e para que o investidor fique protegido da alta generalizada dos preços.
Estes títulos rendem uma taxa prefixada mais o IPCA, indicador oficial de inflação do país. É possível encontrar estes ativos no Tesouro Direto pagando até 6% ao ano mais IPCA, com datas de vencimento entre 2029 e 2045.
Títulos prefixados
A sugestão de Bruno Di Giacomo, chefe de investimentos da Nero Capital ao Valor, é que investidores que tem um perfil entre moderado e arrojado adquiram CDBs (Certificado de Depósito Bancário) e LCAs e LCIs (Letras de Crédito do Agronegócio e Imobiliário) prefixados, com data de vencimento mais próxima, por volta de 2026. Alguns ofertam taxas que giram em torno dos 14% ao ano.
Na visão dele, ainda não existe indicativos que sinalizem que não é mais vantajoso apostar na renda fixa. “Ainda não é hora de aplicar mais em renda variável. Há muito prêmio para capturar na renda fixa, um prato cheio para os investidores conservadores”, disse ele ao Valor Investe.