O preço da gasolina voltou a decepcionar os brasileiros. Dados apurados através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam um aumento de 8,33% somente no mês de março.
Mas o preço da gasolina não foi o único que passou por reajuste. O etanol também teve uma alta de 3,20%. Devido aos aumentos, o setor de Transportes foi o que apresentou o maior índice no IPCA em março. Basicamente, o preço médio do litro vendido nos postos de combustíveis pelo Brasil voltou a subir dentro do prazo de três semanas.
Uma pesquisa feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na semana de 2 a 8 de abril, identificou que a gasolina média comum foi comercializada pelo preço médio de R$ 5,50 o litro. O valor representa uma alta na margem de 0,36% em relação aos R$ 5,48 da semana anterior.
Já o preço da gasolina mais cara foi encontrado por R$ 7,19. Enquanto isso, o litro do etanol caiu pela quarta semana seguida, passando de R$ 3,89 para R$ 3,88. A queda deste combustível foi de 0,25%. O valor mais alto pelo qual o etanol foi vendido é de R$ 6,59.
O diesel não ficou de fora dessa pesquisa. De acordo com os dados da ANP, o preço médio do litro teve a nona queda consecutiva, passando de R$ 5,80 para R$ 5,78. Foi observado um recuo de 0,34%. Já o valor mais alto encontrado foi de R$ 7,67 na mesma semana.
Alta no preço da gasolina é motivada pelos impostos
É importante mencionar que, os dados foram contabilizados pela ANP cerca de um mês após a retomada de impostos federais sobre a gasolina e o etanol, medida que passou a valer no dia 1º de março. Naquela mesma semana, a alta no preço da gasolina foi de 3,34%, embora logo tenha iniciado uma trajetória de queda.
A princípio, o tema gerou um entrave nas alas política e econômica do Governo Federal. Por esta razão, os ministros da Fazenda e de Minas e Energia, Fernando Haddad e Alexandre Silveira, respectivamente, prestaram esclarecimentos acerca do retorno da incidência dos impostos federais.
Segundo Haddad, os aumentos foram de R$ 0,47 para a gasolina e de R$ 0,02 para o etanol. Já o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, informou que a reoneração parcial dos impostos vale por quatro meses, até junho.
Ela só será mantida no segundo semestre caso o Congresso Nacional decida converter a medida provisória em lei. Na ocasião, Haddad disse que os impactos nas bombas seriam menores, já que a Petrobras havia anunciado a redução nos preços de gasolina e diesel para as distribuidoras.
“Estamos com um objetivo claro, que é recompor o orçamento público”, afirmou o ministro.