Nesta quarta, 8, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, terminou o dia em alta em decorrência de algumas razões principais. Fora do país, os olhares seguiram direcionados para o cenário de juros atual dos EUA.
No Brasil, os investidores seguem esperando a divulgação do novo arcabouço fiscal, que tem previsão de ser anunciado ainda em março. Ontem, a sessão chegou ao fim com o Ibovespa registrando avanço de 2,22%, aos 106.540 pontos.
O maiores impulsionadores deste resultado foram os grandes bancos e a Petrobras que obtiveram ganhos volumosos. Na terça, 7, o Ibovespa passou por uma queda de 0,45% aos 104.227 pontos. Considerando o resultado de ontem, o índice passou a acumular ganhos de 1,53% no mês. Porém no ano, o índice ainda tem perdas de 2,91%.
Mercado doméstico
No Brasil, o mercado segue atento aos debates a respeito do novo arcabouço fiscal, algo que foi prometido pelo governo para o mês de março. É esperado que uma regra fiscal crível possa abrir caminho para que o Banco Central inicie o processo de queda dos juros mais rapidamente. Também seguem impactando os debates sobre reforma tributária.
Na visão de Jennie Li, estrategista de ações da XP Investimentos, este novo arcabouço fiscal que deve ser anunciado ainda em março, foi o grande causador da alta detectada na B3 nesta quarta.
“Tivemos muitas incertezas em relação a esse assunto nos últimos meses, o que acabou deteriorando as expectativas para a bolsa brasileira, principalmente por meio das curvas de juros. Agora, à medida que essa perspectiva começa a melhorar, começamos a ter uma visão mais positiva, com uma dinâmica melhor de juros”, disse ela ao G1.
Mercado exterior
Fora do Brasil, o dia foi de atenções voltadas para o depoimento dado na terça, 7, pelo presidente do FED, Jerome Powell, a respeito da política monetária nos EUA ao Comitê de Assuntos Bancários, Habitacionais e Urbanos do Senado. Em seu discurso, Powell disse que o FED pode revisar o ponto final de parada do crescimento dos juros no país
“Os dados que vimos até agora, e ainda temos outros dados para ver, ainda temos dados significativos para ver antes da reunião, sugerem que a taxa final que definirmos pode muito bem ser maior do que a que definimos em dezembro”, disse ele, segundo o G1.