Lula justifica aumento no preço da gasolina em afirmação polêmica que assusta a população

ARAGUARI, MG — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu se pronunciar sobre a polêmica envolvendo o aumento no preço da gasolina. O petista considera uma “loucura” os valores distribuídos em dividendos para acionistas da Petrobras

Lula justifica aumento no preço da gasolina em afirmação polêmica que assusta a população
Lula justifica aumento no preço da gasolina em afirmação polêmica que assusta a população. (Imagem: FDR)

Na oportunidade, o presidente também alegou que a Petrobras não consiste em um patrimônio exclusivo dos acionistas e defendeu a necessidade de se fazer investimentos. A crítica surgiu após a estatal anunciar um lucro de R$ 188,3 bilhões em 2022 logo em seguida à redução do preço da gasolina para as refinarias. 

Ainda em meio aos debates sobre o preço da gasolina e atuação da estatal, Lula negou a intenção de intervir nas ações da Petrobras, mesmo diante das críticas frequentes.

“Não tem intervenção. Tem interesse do povo brasileiro. Eu defendo o Estado brasileiro forte. Não defendo o estado interferindo na economia, mas eu quero um estado indutor da economia”, concluiu. 

Modificações no preço da gasolina

A gasolina continua mais cara mesmo após redução nos preços repassados às refinarias na Petrobras. A controvérsia representa enigma em torno dos interesses políticos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, o resultado final afeta diretamente o bolso dos motoristas, bem como vários outros setores da economia e da inflação. 

O aumento no preço dos combustíveis tem potencial o bastante para elevar a inflação prevista para o mês de março em 0,32%. O percentual é visto como um salto significativo pelos analistas.

Se tratando especificamente da gasolina, não há uma preocupação generalizada quanto à elevação generalizada dos preços, embora os impactos sobre os motoristas sejam ainda maiores. 

Ainda que aumente a inflação em geral, contudo, a gasolina não tem potencial para contaminar substancialmente o preço dos alimentos e outros produtos e serviços além do transporte.

No cenário de redução no preço da gasolina para as distribuidoras, o litro do combustível passará de R$ 3,31 para R$ 3,18, representando uma queda de 3,92% ou de R$ 0,13 por litro.

Já o diesel terá uma diferenciação amena, a queda chega a 1,95% e o preço médio de venda do litro nas refinarias passou de R$ 4,10 para R$ 4,01, uma redução de R$ 0,08 por litro. 

Taxação no preço da gasolina

O Ministério da Fazenda confirmou a volta da taxação da gasolina e demais combustíveis. A reaplicação dos impostos volta a acontecer a partir deste mês de março, afetando o bolso do consumidor. 

A pauta ainda está em fase de debate entre a pasta e a Petrobras. De acordo com informações da assessoria do ministério, a taxação da gasolina irá ultrapassar os custos do etanol, caracterizando uma ação alinhada com o objetivo de onerar a maior quantidade possível de combustíveis fósseis. 

Além do mais, esta poderia ter sido uma ação com o propósito de “penalizar menos o consumidor“, voltada à economia para preservar a arrecadação. Contudo, o formato de reoneração e valores por meio da taxação da gasolina ainda são questões a serem definidas entre o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, e o senador Jean Paul Prates.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.