Governo toma decisão sobre taxação da gasolina que desestabiliza a população

Nesta semana o Ministério da Fazenda confirmou a volta da taxação da gasolina e demais combustíveis. A reaplicação dos impostos volta a acontecer a partir do mês de março, afetando o bolso do consumidor. 

Governo toma decisão sobre taxação da gasolina que desestabiliza a população
Governo toma decisão sobre taxação da gasolina que desestabiliza a população. (Imagem: FDR)

A pauta ainda está em fase de debate entre a pasta e a Petrobras. De acordo com informações da assessoria do ministério, a taxação da gasolina irá ultrapassar os custos do etanol, caracterizando uma ação alinhada com o objetivo de onerar a maior quantidade possível de combustíveis fósseis. 

Além do mais, esta poderia ter sido uma ação com o propósito de “penalizar menos o consumidor“, voltada à economia para preservar a arrecadação. Contudo, o formato de reoneração e valores por meio da taxação da gasolina ainda são questões a serem definidas entre o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, e o senador Jean Paul Prates. 

Apesar do anúncio sobre o retorno da taxação da gasolina, o combustível já passou por reajustes em 2023, o último deles no final do mês de janeiro. Na ocasião, a Petrobras anunciou um aumento de 7,47%, uma alta de R$ 0,23 por litro, passando a cobrança de R$ 3,08 para R$ 3,31.

O último reajuste no preço da gasolina ocorreu no dia 6 de dezembro. Na época, o percentual aplicado para justificar o aumento por litro foi de R$ 6,1%. É válido considerar que, o combustível passa por uma mistura obrigatória, composta por 73% de gasolina e 27% de etanol anidro. 

A composição é necessária para a comercialização nos postos de combustíveis. Desta forma, a parcela da Petrobras no preço da gasolina será de R$ 2,42 por litro em média.

Destacando sobre a possibilidade de variações no preço final repassado ao consumidor de acordo com a política dos postos de combustíveis. Na oportunidade, a estatal destacou que o aumento no preço da gasolina tem o propósito de acompanhar os valores de referência.

Portanto, acredita ser “coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, ponderou. 

Atualmente, a referência adotada pela Petrobras durante os reajustes dos combustíveis consiste no Preço de Paridade de Importação (PPI). O termo leva em consideração todas as variações do petróleo no mercado internacional, além da cotação do dólar.

Como é feita a composição do preço da gasolina?

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço da gasolina é composto por cinco itens. São eles:

  • Preço do produtor (refinarias da Petrobras e importadores);
  • Preço do etanol – o combustível que chega aos postos tem 73% de gasolina A e 27% de etanol;
  • Tributos federais – PIS, Cofins e Cide;
  • Imposto estadual – ICMS;
  • Distribuição, transporte e revenda.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.