Mais recursos para o pequeno empreendedor. Nessa semana, o governo federal anunciou que irá ofertar mais uma possibilidade de crédito para que pequenas e médias empresas se sustentem durante o período de crise gerado pelo Covid-19. A nova medida, já aprovada, deverá injetar cerca de R$ 6 bilhões para a categoria ao longo dos próximos meses.
Para poder custear a proposta, o poder público contará com o auxílio do Conselho Monetário Nacional (CMN), que irá repassar recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO).
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A distribuição será feita por região, sendo a maior quantia (cerca de R$ 3 bilhões) ofertada para os estados do Nordeste. O Norte ficará com um valor médio de R$ 2 bilhões e o Centro-Oeste com R$ 1 bilhão.
De acordo com os representantes, a definição do repasse foi feito levando em consideração o desenvolvimento econômico das áreas e o quantitativo de pequenos empreendedores cadastrados.
“Nosso foco principal é auxiliar os pequenos negócios, com até dez funcionários, e os autônomos dessas regiões. Os fundos constitucionais possuem as menores taxas do mercado e atendem especialmente quem não consegue ter acesso a financiamentos em outras instituições”, explicou o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
De acordo com o parlamentar, espera-se a solicitação de cerca de 85 mil empréstimos, que poderão serem quitados em até 24 meses, com carência inicial prevista para dezembro deste ano. A preferência será das linhas de crédito emergencial as atividades vinculadas aos setores comerciais e de serviços.
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“Esse é mais um auxílio que o Governo Federal disponibiliza para que nossa economia possa continuar girando e os impactos desse momento sejam minimizados. Queremos pulverizar esses recursos para o maior número de beneficiários, justamente para preservar empregos e recuperar atividades produtivas”, afirmou.
As taxas de juros ficarão fixadas em 2,5% por ano, estando a baixo das cobranças exigidas pelo Banco Central, que atualmente é de 3,75%.
Segundo o ministério, trata-se da menor tarifa já aplicada para os empreendedores, de modo que os incentivem a manterem suas atividades ao longo dos próximos meses. A ação deverá ter um custo médio de R$ 439 aos cofres públicos.