Os desentendimentos entre o governo Bolsonaro com alguns países parecem ter sido completamente superados após a saída do ex-presidente do cargo de chefe do Poder Executivo brasileiro. Ao menos foi o que apontou a ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento, Svenja Schulze, que está em missão oficial no Brasil.
De acordo com a ministra da Alemanha, o governo de Berlim se prepara para realizar uma doação de 200 milhões de euros (cerca de R$ 1,1 bilhão) ao Brasil. Atualmente, Schulze se encontra em solo brasileiro visando o fortalecimento de parcerias comerciais com o governo Lula.
Assim, a quantia bilionária deve ser destinada às ações de proteção da Floresta Amazônica e dos povos indígenas, além de providências em relação ao enfrentamento das mudanças climáticas.
O anúncio da doação de R$ 1,1 bilhão se soma outro valor que já havia sido repassado pela Alemanha ao Fundo Amazônia. A contribuição foi anunciada no início do mês, de 35 milhões de euros (R$ 195 milhões).
Recursos haviam sido bloqueados por ações de Bolsonaro
Vale destacar que a ligação entre a Alemanha e o Brasil não é nova. O país germânico é o segundo maior doador para o Fundo Amazônia, ficando atrás apenas da Noruega.
Entretanto, o uso de recursos que foram depositados por países europeus no fundo foi bloqueado devido a ações realizadas pelo governo Jair Bolsonaro que iam de encontro à preservação ambiental e divergências dos investidores com a sua administração.
Assim, com a sua saída do cargo de presidente, ele deverá ser retomado em breve. Dessa forma, estima-se que há cerca de R$ 3 bilhões já depositados no fundo que poderiam ser utilizados pelo governo brasileiro na preservação do bioma.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a ministra alemã ainda apontou que o governo da Alemanha deseja apoiar um programa de ações emergenciais nos 100 primeiros dias do governo Lula, indicando que a verba anunciada poderá ser usada além do Fundo Amazônia.
“Uma coisa que já nos foi informada pelo governo é que os estados amazônicos precisam de mais apoio, não através do Fundo Amazônia, para que possam fazer coisas mais concretas em matéria de proteção da floresta”, afirmou Svenja Schulze.