O Votuporanguense, clube que está disputando atualmente o campeonato Paulista da série A3, teve um percentual de seus diretos vendidos para um grupo do jogador de futebol Daniel Alves, que foi preso acusado de agressão sexual. A venda aconteceu em 2019.
O time foi contatado pelo Portal Futebol Interior para que fosse esclarecido se o time ainda possui alguma ligação com Daniel Aves, mas o clube não respondeu.
Porém, o Secretário Municipal de Esportes e Lazer na cidade de Votuporanga, que atuou como presidente do Votuporanguense na época da venda, e que participou diretamente no negócio, disse que nunca aconteceu um contato direto entre o clube e o jogador.
”Nós tratamos diretamente com o empresário do Daniel Alves. Na época, o Fransérgio, que foi treinador do clube em 2013, se apresentou como empresário do Daniel, então nós nunca falamos diretamente com o jogador”, afirmou Marcello Stringari ao Portal Futebol Interior.
Votuporanguense e Daniel Alves
No ano em que foi feito o negócio, o Votuporanguense estava disputando a Série A2 do Campeonato Paulista e projetava conquistar o acesso no ano seguinte para atingir a elite estadual em 2021. No entanto, os planos não se concretizaram e o clube foi rebaixado para a Série A3, onde permanece até então.
Caso Daniel Alves
Em 20 de janeiro, o jogador Daniel Alves foi preso em Barcelona, pouco mais de duas semanas após um caso de estupro contra uma mulher de 23 anos começar a ser investigado. A denúncia foi feita na casa noturna Sutton, em 30 de dezembro de 2022, e toda a rapidez com que a apuração e a prisão aconteceram é graças especialmente a um protocolo utilizado pelo governo da Catalunha.
Este protocolo faz o detalhamento de comportamentos que devem ser usados tanto em relação às vítimas quanto a supostos agressores.
“Essa ação imediata foi o que levou a poder conseguir indícios contundentes de uma maneira muito rápida. É isso que deve acontecer: quando uma mulher é agredida, a ação deve ser imediata. Algumas discotecas, por exemplo, apagam as imagens do circuito de TV a cada 15 dias, por questões de memória. Então o importante é que cada vez haja mais protocolos para todas as discotecas, tanto da Catalunha quanto de toda a Espanha”, disse Ester García López, advogada da jovem que acusa Daniel Alves ao UOL.