Os brasileiros têm clamado cada vez mais pela mudança na faixa de isenção do Imposto de Renda. Nesse ano de 2023 devido a falta de atualização da tabela aqueles cujo faturamento fique acima de 1,5 salários mínimos terão que arcar com o tributo. A mudança está nos planos do atual do governo, e na última terça-feira (24), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, deu detalhes sobre o projeto.
Luiz Marinho deu entrevista a Globo News na terça-feira (24), e entre outras coisas falou sobre o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda. O ministro informou que essa mudança acontecerá gradativamente até chegar a faixa de R$ 5 mil. Tudo porque, essa alteração vai depender da evolução econômica do país.
Durante a campanha eleitoral, tanto o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) prometeram que aumentariam a isenção do imposto para R$ 5 mil. Durante uma reunião com centrais sindicais no Palácio do Planalto, Lula voltou a prometer que subiria a primeira faixa da tabela do imposto para esse mesmo limite.
Desde 2016 não é feita nenhuma alteração na tabela, por isso, aqueles que têm rendimento até R$ 1.903,98 estão inclusos na isenção do Imposto de Renda. Logo, quem fatura acima disso por mês já passa a pagar pelo tributo, tendo a parcela descontada na folha de pagamento para trabalhador registrado.
Quando haverá uma nova faixa de isenção do Imposto de Renda?
O ministro Luiz Marinho não afirmou quando a mudança na faixa de isenção do Imposto de Renda acontecerá. As expectativas são de que essa proposta seja inclusa possivelmente para o próximo ano, tudo porque é preciso um planejamento financeiro.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que não há espaço para uma mudança na tabela do Imposto de Renda em 2023 sem afetar o Orçamento. O governo deixaria de arrecadar R$ 184,3 bilhões por ano caso a faixa de isenção subisse para R$ 5 mil.
Marinho, no entanto, não descartou a possibilidade de que o governo Lula consiga fazer mudanças ainda nesse ano.
“O presidente Lula é muito responsável. O compromisso [de isenção para até R$ 5 mil] é pra valer, acreditamos que é possível fazer. Estamos discutindo como começar a fazer os degrauzinhos. É possível falar de alguma correção para esse ano? Talvez seja. A economia vem trabalhando. Vai coordenar o processo. Tem esse espaço, vamos fazer. Não tem, vamos trabalhar para o ano seguinte“, declarou o ministro Marinho.