Neste ano de 2022 a oscilação no preço da gasolina pegou muitos consumidores de surpresa. Depois do período mais difícil de restrições da pandemia de Covid-19, a guerra da Ucrânia também influenciou nessa alta. Agora, em 2023 com a troca de presidência da República a dúvida é se o cenário econômico do país será mais favorável ou desfavorável no que trata do valor dos combustíveis.
Durante a campanha eleitoral, Lula afirmou que pretendia trazer mudanças na política de preços adotadas hoje pela Petrobras. Atualmente, a estatal usa a política de cálculo chamada de PPI (Preço de Pariedade Internacional), que considera o valor do barril de petróleo no mercado internacional para definir quanto será cobrado para as refinarias no país. O que reflete automaticamente no preço da gasolina.
Logo nos primeiros meses de governo Lula terá que lidar com a alta no valor dos combustíveis, devido a volta da cobrança do ICMS. À pedido do governo de Jair Bolsonaro (PL), desde junho esse tributo não está sendo cobrado pelos estados e tem sido recompensado pelo governo federal. Para os consumidores a ideia é cortar custos.
No entanto, a partir de janeiro de 2023 volta a ser aplicado o imposto nos combustíveis o que deve alterar consideravelmente o preço da gasolina. Já que hoje esse limite de cobrança é de 17% a 18%, mas pode ultrapassar 30% em alguns estados do Brasil.
Preço da gasolina a partir de 2023
Perto do segundo turno, o presidente Jair Bolsonaro pediu que a Petrobras segurasse o preço da gasolina, e a estatal atendeu. No entanto, pouco tempo depois os valores já voltaram a subir e a gasolina sobe por cinco semanas seguidas, e já pode ser vista por quantia maior que R$ 7 em alguns estados. As informações são da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Nas primeiras semanas, ou meses de 2023 é esperado que a volta da cobrança do ICMS afete o valor dos combustíveis. Lula já disse que não concorda com a alteração no teto deste imposto, porque acredita que mexer em uma política de preços de governo estadual não é o ideal.
Alterar o cálculo e política de preços da Petrobras pode ser uma alternativa do novo governo para tentar frear a alta no combustível. Diante disso, será preciso aguardar a entrada do outro presidente para entender como ficará esse cenário.