Um grupo de economistas brasileiros, ligados a instituições dentro e fora do país, divulgaram uma carta-manifesto se posicionando a favor do voto útil no candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar disso, os pesquisadores e professores destacaram que possuem discordâncias com o PT.
Os economistas, que possuem inclinação ao liberalismo, são favoráveis ao voto útil ao candidato à presidência Lula no primeiro turno das eleições 2022. A votação será realizada neste domingo (2). Caso seja necessário, o segundo turno acontecerá no dia 30 de outubro. Ou seja, o último domingo do mês.
Atualmente, o candidato Lula vem liderando as pesquisas de intenção de voto. Os levantamentos vêm indicando que Lula está próximo dos 50% dos votos para o primeiro turno. Sendo assim, existe a possibilidade de encerrar a disputa no início de outubro. O atual presidente, Jair Bolsonaro, aparece na segunda colocação.
Em carta-manifesto, integrantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV PUC-Rio, Insper e universidades do Reino Unidos e dos Estados Unidos alegam que o candidato à presidência Lula é a “única liderança capaz de derrotar o atraso maior representado pelo atual governo”.
No entendimento dos economistas, “viabilizar a sua vitória em primeiro turno nos parece a resposta mais contundente, segura e efetiva de proteção à democracia no Brasil”.
“Votamos em Lula em prol da união de um amplo espectro de forças políticas em defesa da democracia, na esperança de que possamos ter um governo para todas e todos os brasileiros”, complementam.
Economistas criticam governo do candidato Bolsonaro
Em documento, os pesquisadores e professores também criticaram a forma como a gestão de Bolsonaro conduziu diversas áreas. Foram citados o meio ambiente, educação, saúde e segurança pública.
Os economistas declaram que “as ações e a inépcia do atual governo causaram um desastre no processo de desenvolvimento institucional e socioeconômico do país, afetando dramaticamente o bem-estar da população brasileira”.
Na área econômica, os signatários alegam que “desmontou-se o orçamento federal e foram criados gastos direcionados a grupos de eleitores e interesses específicos meses antes da eleição” . Eles entendem isso como “uma afronta às instituições eleitorais”.
Os economistas ainda afirmam que Bolsonaro vem realizando “reiteradas ameaças à democracia”. Eles citam que o candidato à reeleição para a presidência chegou a declarar “que não respeitará os resultados da eleição”.
