Desde que as especulações sobre o pagamento de R$ 800 no Auxílio Brasil começaram a circular, a população ficou animada com a informação. No entanto, ao consultar a parcela de setembro foi visto que o valor do programa continua sendo de no mínimo R$ 600. Com isso, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição, foi acusado de mentir a respeito do programa.
Até julho o Auxílio Brasil pagou R$ 400, em agosto começaram as parcelas de R$ 600 com orçamento de R$ 26 bilhões liberados até o final do ano. Agora, a população beneficiada aguardava o crédito de R$ 800 prometido em campanha pelo presidente Jair Bolsonaro. Mas é preciso atenção, porque sua propaganda eleitoral na verdade está fazendo promessas caso ele seja reeleito.
Isso significa que o Auxílio Brasil de R$ 800 não foi prometido para esse ano, mas caso Bolsonaro seja novamente eleito presidente do país. As informações da sua campanha que trazem os feitos dos quatro anos de governo, combinando com as promessas para um novo governo, acabam confundindo os beneficiários que se sentiram esperançosos sobre um novo valor.
Com a verba liberada para esse ano, e que já ficou acima do teto de gastos, o governo conseguirá pagar parcelas de R$ 600 até dezembro. Além disso, foi possível incluir mais beneficiários ao longo de cada mês. Em julho eram 18,1 milhões de famílias beneficiadas, em agosto foram 20,2 milhões e em setembro o Ministério da Cidadania confirmou 20,65 milhões de famílias beneficiadas.
Como vai funcionar o Auxílio Brasil de R$ 800?
De acordo com a promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro, o Auxílio Brasil vai chegar a R$ 800 caso algum membro da família contemplada consiga um emprego com carteira assinada. Para chegar a esse valor, a ideia é somar:
- R$ 600 de Auxílio Brasil (promessa para 2023, já que o valor original do programa é de R$ 400)
- + R$ 200 de bônus para famílias com membros empregados.
Durante a campanha, o narrador exalta que na época do Bolsa Família, programa criada por Lula (PT) principal oponente de Bolsonaro, as famílias não poderiam ter membros empregados. O que não é bem verdade, assim como no Auxílio Brasil, o Bolsa permitia registro em carteira, desde que não ultrapassasse o limite de renda por pessoa.
Na época, a família continuava a ser contemplada por dois anos desde que a renda fosse de até meio salário mínimo por pessoa. Hoje, o pagamento também é de até dois anos quando a renda per capita do grupo contemplado chega a R$ 550.