Uma das principais propostas do candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é a isenção do Imposto de Renda, ou seria. A princípio, a promessa era de ampliar a faixa de renda tributável inicial para R$ 5 mil, mas ao que parece, houve um retrocesso e a pauta será retirada do plano de governo do petista.
Isso porque, economistas alegaram que a proposta de isenção no Imposto de Renda seria responsável por prejudicar o sistema tributário elevando a concentração de riqueza do Brasil.
Isso porque, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que os domicílios com renda per capita de R$ 3.359 compõem o grupo dos 10% mais ricos.
Além do que, a faixa de renda ampliada para a isenção do Imposto de Renda poderia aliviar o bolso de quem recebe mais do que R$ 5 mil. Assim, as alíquotas do IR iriam incidir de modo gradativo a partir do piso até atingir a tributação máxima de 27,5%, cobrado somente sobre valores recebidos que ultrapassam R$ 4.600.
Agora, aliados do PT prometem rever a faixa de isenção do Imposto de Renda, mas sem fazer nenhuma menção aos R$ 5 mil. O valor foi mencionado por Lula durante entrevista, mas não faz parte do plano de governo entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Hoje é R$ 1.900 que a pessoa está isenta. Ou seja, é preciso que a gente discuta uma nova faixa. Eu fico pensando por volta de R$ 5 mil”, disse Lula.
Bolsonaro também promete isenção do Imposto de Renda
Há meses, o presidente da República e candidato nas eleições de 2022, Jair Bolsonaro, também prometeu ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda, mas não para R$ 5 mil, e sim, R$ 3 mil.
De acordo com o presidente, ainda não foi possível realizar a referida alteração, uma vez que o país se encontra com uma dívida de R$ 700 bilhões em virtude das dificuldades financeiras causadas pela pandemia da Covid-19.
“Gostaríamos de passar para R$ 5 mil. Não seria de uma vez toda, mas daria para até o fim do mandato fazer isso aí. Não conseguimos por causa da pandemia. Nós nos endividamos em mais R$ 700 bilhões, não deu pra atender. Vamos ver se pro ano que vem pelo menos passe de R$ 2 mil para R$ 3 mil”, apontou.