Eleições 2022: patrimônio de BOLSONARO poderia pagar quantos benefícios?

Com o primeiro turno marcado para o dia 2 de outubro, as eleições 2022 ficam cada vez mais próximas. Enquanto isso, os candidatos se empenham na apresentação de propostas enquanto prestam contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Eleições 2022: patrimônio de BOLSONARO poderia pagar quantos benefícios?
Eleições 2022: patrimônio de BOLSONARO poderia pagar quantos benefícios? (Imagem: FDR)

De acordo com a legislação, os candidatos que desejam disputar algum cargo nas eleições 2022 devem declarar o patrimônio ao tribunal. O atual presidente da República e candidato ao pleito eleitoral, Jair Bolsonaro, reúne um patrimônio de R$ 2.317.554,73. 

O valor declarado pelo presidente chama a atenção a respeito de um fator, quantos benefícios seria possível custear com este montante? Usando como exemplo o Auxílio Brasil, a grande promessa do governo Bolsonaro que chegou para substituir o Bolsa Família, o FDR dividiu o patrimônio declarado pelo valor de cada parcela.

Foi levado em consideração o valor atual de R$ 600, que será pago até dezembro de 2022 após promulgação da PEC dos Benefícios. O resultado mostrou que, o patrimônio de Bolsonaro é o bastante para beneficiar 3.862 famílias atendidas pela transferência de renda. 

Considerando o aumento concedido pelo próprio Bolsonaro que fixou o Auxílio Brasil em R$ 400 no mês de maio, a quantidade de beneficiários seria ainda maior. Em meio às eleições 2022, o patrimônio de Bolsonaro seria capaz de custear a parcela a 5.793 famílias em situação de vulnerabilidade social.

Patrimônio dos candidatos à presidência nas eleições 2022

  • Lula da Silva (PT): R$ 7.423.725,78;
  • Jair Bolsonaro (PL): R$ 2.317.554,73;
  • Ciro Gomes (PDT): R$ 3.039.761,97;
  • Simone Tebet (MDB): R$ 2.323.735,38;
  • Felipe D’Ávila (Novo): R$ 24.619.627,66;
  • Pablo Marçal (Pros): R$ 16.942.541,15;
  • Sofia Manzano (PCB): R$ 498.000,00;
  • Leonardo Péricles (UP): R$ 197,31;
  • Vera Lúcia (PSTU): R$ 8.805,00.

É preciso ressaltar que os dados oferecidos pelos candidatos à Justiça Eleitoral não necessariamente correspondem ao valor de mercado de cada bem. Um candidato pode, por exemplo, registrar um carro pelo veículo que, durante a aquisição custou R$ 90 mil, por exemplo, mas atualmente ele vale mais ou menos do que isso.

A declaração de bens à Justiça Eleitoral é uma prestação de contas assim como o Imposto de Renda, mas não tem o mesmo rigor da declaração do IR à Receita Federal, que tem um sistema mais eficiente de fiscalização dos bens dos cidadãos.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.