Lula x Bolsonaro: candidatos lançam suas PROPOSTAS para substituir ou renovar o AUXÍLIO BRASIL

Pontos-chave
  • Propaganda eleitoral começa no dia 26 de agosto;
  • Bolsa Família, Auxílio Brasil e cenário econômico devem ser mencionados pelos candidatos;
  • Bolsonaro e Lula devem se atacar entrelinhas a fim de não desgastar o discurso das duas partes.

Visando o mesmo público, as pessoas de classe baixa, os candidatos Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) pretendem incluir na sua propaganda eleitoral o sistema que vai ser usado para substituir ou melhorar o atual Auxílio Brasil. A ideia é que haja uma competição entre os dois governos de forma ainda mais clara, mostrando qual deles possuí o melhor plano para atender famílias de baixa renda. 

Lula x Bolsonaro: candidatos lançam suas PROPOSTAS para substituir ou renovar o AUXÍLIO BRASIL
Lula x Bolsonaro: candidatos lançam suas PROPOSTAS para substituir ou renovar o AUXÍLIO BRASIL (Imagem: FDR)

De acordo com informações repassadas pelo UOL, em um primeiro momento a propaganda eleitoral do presidente Bolsonaro será voltada as benfeitorias feitas em seu governo. Entre elas, o aumento de valor e inclusão de novas famílias no Auxílio Brasil. Além disso, estratégias para estimular a rejeição do candidato petista também devem ser usadas na campanha transmitida no rádio e TV.

Enquanto isso, Lula deve usar os mesmos canais para comparar o seu antigo governo com o atual, além de focar nos índices econômicos do país. Esta mesma estratégia já tem sido vista nas publicações de redes sociais do ex-presidente, assim como nos seus discursos em eventos políticos.

Em um segundo momento da campanha, enquanto Lula deve defender seu novo plano de reformulação do programa de transferência de renda e volta turbinada do Bolsa Família. Bolsonaro vai contra atacar com dados e promessas de um Auxílio Brasil melhor e mais otimizado.

Campanha de propaganda eleitoral em 2022

Começa na sexta-feira (26) a propaganda eleitoral em todo Brasil. Os candidatos à presidência da República, governo do estado, deputado estadual e federal, e senador, poderão se apresentar aos eleitores. A previsão, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que esta campanha termine em 29 de setembro. 

As campanhas serão transmitidas no rádio e TV, com dois blocos de 25 minutos cada, de segunda a sábado. Seguindo essas regras:

  • Na televisão, às 13h e às 20h30;
  • No rádio, às 7h e às 12h;
  • Segundas, quartas e sextas, serão apresentadas as peças de candidatos a senador, deputado estadual e distrital e governador;
  • Terças, quintas e sábados, serão as peças dos candidatos à Presidência da República e à Câmara, portanto, a estreia de Lula e Bolsonaro será no dia 27. A ordem é definida por sorteio;
  • A coligação de Lula terá três minutos e 39 segundos em cada bloco;
  • O atual presidente soma dois minutos e 38 segundos. Além disso, há inserções mais curtas ao longo do dia —inclusive aos domingos.

Novo Bolsa Família, ONU, e o que mais deve estar na campanha de Lula

Por ordem de sorteio, no sábado Lula deve aparecer na frente de Bolsonaro durante a propaganda eleitoral transmitida na televisão. A ideia neste primeiro momento é focar em um público bem específico: famílias de classe média e baixa. Isto é, pessoas que têm sentindo de forma mais acentuada os níveis da inflação e da pobreza.

Para tanto, a estratégia é comparar os anos de governo do ex-presidente que foram de 2003 a 2010, com os quatro anos de mandato do atual chefe da União. Além de trazer dados como quando o Brasil saiu do mapa da fome da ONU (Organização das Nações Unidas) em 2014 no governo Dilma, e retornou neste ano.

Outro ponto que deve ser batido é sobre o cálculo de reajuste do salário mínimo, que durante o governo Lula ficava acima da inflação, mas no governo Bolsonaro não tem o mesmo efeito desde 2019. Além da estratégia de culpar a gestão bolsonarista pela alta no preço de produtos como alimentos e bebidas.

O novo Bolsa Família também deve ser apresentado, indicando o interesse em fixar o pagamento de R$ 600 e colocar fim ao nome de Auxílio Brasil. Também pode ser falado sobre a volta do programa Minha Casa Minha Vida, atualmente substituído pelo Casa Verde e Amarela.

Bolsonaro deve atacar o PT, trazer dados do Auxílio Brasil e defender a família

Seguindo a tática que já tem sido usada por Bolsonaro em discursos, o seu principal candidato deve ser atacado ao mencionar as polêmicas de corrupção envolvendo o PT. No entanto, o nome de Lula não deve ser dito, apenas insinuado a fim de desgastar a imagem do oponente.

O fato do preço dos combustíveis estar caindo nos últimos dois meses também deve ser comemorado em sua propaganda eleitoral. O mesmo deve acontecer com o Auxílio Brasil, novo programa de transferência de renda do país, que foi instituído em 2022.

A campanha de Bolsonaro deve trazer dados sobre o Auxílio Brasil, auxílio emergencial, e fazer comparações com a situação crítica que vivem países da Europa e dos Estados Unidos. As aparições da primeira dama, Michelle Bolsonaro, nos palanques deve ficar ainda mais evidente na transmissão televisionada, a fim de defender a família e falar em nome de Deus. 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com