A instabilidade do mercado de trabalho promoveu uma queda na taxa de desemprego já no segundo semestre de 2022. O índice divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) trimestral, foi de 9,3%.
O resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica uma queda na taxa de desemprego em 22 dos 27 Estados brasileiros, especialmente quando é feita uma comparação com os primeiros três meses do ano.
Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, “antes de o ano acabar nós estamos descendo [a taxa de desemprego] para 8%. Vamos terminar o ano com o menor desemprego que já vimos nesses últimos 10, 15 anos”, declarou.
Os Estados com as menores taxas de desemprego foram Santa Catarina com 3,9%; Mato Grosso com 4,4% e Mato Grosso do Sul com 5,2%. Em contrapartida, as maiores quedas no desemprego do trimestre analisado se encontram em:
- Tocantins com -3,8%;
- Pernambuco com -3,5%;
- Alagoas com -3%;
- Pará com -3%;
- Piauí com -3%;
- Acre com -3%.
De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego atingiu, no trimestre encerrado em junho, o menor nível para o período em sete anos. Porém, a desocupação entre mulheres (11,6%) e entre pessoas negras (11,3%) e pardas (10,8%) se mantém acima da média nacional. Por outro lado, a taxa entre pessoas brancas ficou em 7,3%, quanto o desemprego atinge 7,5% dos trabalhadores do sexo masculino.
Estados com a maior taxa de desemprego
A região Nordeste continua liderando como pólo de pessoas sem ocupação profissional em 12,7%. Este ranking é liderado pela Bahia com 15,5%. Pernambuco e Sergipe vêm logo em seguida com 13,6% e 12,7%, respectivamente.
Unidades federativas como o Distrito Federal, Amapá, Ceará, Mato Grosso e Rondônia conseguiram apresentar uma taxa estável. No total, 4,3 milhões de brasileiros estão desempregados. Deste montante, 42,5% estão em busca de um trabalho há menos de um ano, enquanto 29,5% se encontram nesta situação há dois anos ou mais.
Apesar do índice de desemprego ter melhorado em quase todo o Brasil, os contratos formais caíram em relação ao trimestre anterior: foi de 74,1% para 73,3%.
A taxa de informalidade, por sua vez, subiu e ficou em 40% da população ocupada, com 39,3 milhões de pessoas, sendo que antes era de 38,2 mi. Os trabalhadores por conta própria compõem 26,2% do quadro de ocupação.