Diante da crise econômica que deverá abalar todos os setores da indústria, o governo federal vem anunciando uma série de medidas que tenham como objetivo amenizar o impacto ocasionado pela pandemia do coronavirus. Para o mercado da construção civil, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) informou que serão reduzidos os juros do crédito habitacional financiados pelos recursos do FGTS.
A proposta tem como finalidade aumentar o número de unidades financiadas pelo Minha Casa, Minha Vida, de modo que garanta o funcionamento do programa e também uma rotatividade econômica na área da construção. De acordo com o governo, está se estruturando um plano de ação para que sejam injetados R$ 147,3 bilhões na economia pelos próximos três meses.
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Apesar do anuncio, o texto da medida ainda não está pronto. No entanto, o MDR deverá lança-lo em breve. Por enquanto, o que se sabe é que as taxas de juros que atualmente variam entre 5% ao ano e 8,16%, serão reduzidas em pelo menos 0,5 ponto percentual.
Além disso, a ação também fará com o valor do financiamento passe a se enquadrar no orçamento das famílias interessadas. O valor das construções deverão ficar entre R$ 29 mil e R$ 47,5 mil, a depender da faixa de renda do cadastrado.
Custos do crédito habitacional administrado pelo FGTS
Já no que diz respeito as despesas que os cofres públicos terão com o FGTS, foram reservados R$ 9 bilhões para poder custear a proposta. Entretanto, a União poderá entrar com mais 10% dessa quantia, a depender dos desdobramentos da crise e de seu impacto nos cofres públicos.
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É válido ressaltar que, a maioria dos financiamentos do MCMV são custeados com os valores do FGTS, uma vez em que os beneficiários usam o auxílio para realizarem o sonho da casa própria. Os pagamentos variam de acordo com as faixas de renda do programa, sendo elas:
- Faixa 1 – para pessoas com renda de R$ 1.800, sendo o imóvel basicamente todo financiado pela União;
- Faixa 1,5 – para famílias com renda de até R$ 2.600, com direito a um subsídio de R$ 47,5 mil;
- Faixa 2 – brasileiros com renda de até R$ 4 mil e subsídio de R$ 29 mil;
- Faixa 3 – renda de R$ 7 mil, sem concessão de subsídio.
Segundo os gestores, as novas regras de operação e liberação de verba deverão ser anunciadas ainda nos próximos dias.