Mediante crise econômica ocasionada pela expansão do coronavírus, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reformulou a taxa básica de juros do país, a Selic, tornando a mais barata desde 1999. A partir dos próximos dias, o mercado deixará de ter uma cobrança de 4,25% para 3,75% ao ano. Segundo os representantes do conselho, trata-se de uma medida para estimular a circulação financeira.
A última vez em que o juros esteve tão baixo foi na década de 90, ocasionado pela inflação. No entanto, com a atual crise que afeta o mundo inteiro, o BC se inspirou nas demais instituições internacionais, como o Federal Reserve (BC norte-americano) e o Banco da Inglaterra, tomando a decisão de rebaixar as taxações.
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Segundo uma pesquisa realizada pelo próprio BC, o esperado pelo mercado para este ano era um corte de 4%. Entre os efeitos da redução, espera-se um maior incentivo nas compras e vendas de produtos básicos, além de uma reação positiva por parte dos investidores e empresários.
Ao anunciar a medida, o Banco Central apresentou os seguintes fatores como justificativa:
- Desaceleração significativa do crescimento global;
- Queda dos preços das commodities;
- Aumento da volatilidade nos preços de ativos financeiros;
- O impactos futuros do coronavírus na economia ainda não mensurados estatisticamente.
O texto afirmou ainda que trata-se de uma medida inicial, porém que não se deve descartar a possibilidade de novos reajustes, fazendo com que os juros fiquem ainda mais baratos. Segundo a instituição, as decisões e variações dependerão das reações econômicas ao longo dos próximos meses.
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“O Copom entende que a atual conjuntura prescreve cautela na condução da política monetária, e neste momento vê como adequada a manutenção da taxa Selic em seu novo patamar. No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos. O Banco Central do Brasil ressalta que continuará fazendo uso de todo o seu arsenal de medidas de políticas monetária, cambial e de estabilidade financeira no enfrentamento da crise atual”, diz a nota do conselho.