Quantas vezes você ao buscar um emprego se deparou com um anúncio que não informava o salário que seria pago? Esta informação é o desejo de 90% dos participantes de uma pesquisa feita pelo perfil @FestadaFirma, que compartilha memes do mundo corporativo na internet.
Esta enquete foi realizada na última semana a pedido do portal g1 e contou com 20 mil participantes. A motivação para este pedido veio por conta de um projeto de lei que propõe que a faixa salarial seja informada na divulgação das vagas de emprego. Esta idéia deve passar por comissões da Câmara dos Deputados e pode ser aprovada sem precisar passar pelo Plenário da Casa.
De acordo com a pesquisa, 96% dos participantes pensaria Mello sobre uma candidatura caso soubesse o salário.
No entanto, sob outro ponto de vista, 70% dos participantes acreditam que esta informação pode gerar conflitos dentro da empresa por expor a faixa salarial e outros 40% acreditam que este tipo de dado revela dados estratégicos aos concorrentes.
A enquete mostrou ainda que 47% se candidatariam a uma vaga mesmo achando que o salário revelado não está dentro do que ele esperava, contando com a esperança de poder negociar o valor durante a seleção.
Já outros 90% gostariam de ver o salário que a empresa está pagando para os candidatos caso eles trabalhassem na empresa que está com vagas abertas.
Na visão de Taís Targa, especialista em recolocação profissional, esta enquete revela que as pessoas desejam transparência, tanto os empregados da empresa, que deseja saber o valor dele e do colega no mercado, quanto o profissional que está buscando uma oportunidade.
“Muitas vezes o candidato participa de muitos processos seletivos, faz várias entrevistas e chega no final a proposta salarial não atende a sua expectativa mínima. Ou seja, gastou tempo, dinheiro para transporte e vestimenta, além da energia emocional para uma posição que se soubesse o valor do salário talvez nem teria se candidatado”, explicou ela ao g1.
Por que as empresas não podem divulgar o salário das pessoas? Acho que não há mal nenhum nisso. Acho que a gente poderia ter esses números mais claros e que não tivesse no Brasil tanta dificuldade, tanto tabu para falar de dinheiro, de remuneração, de faturamento”, finalizou a especialista.